Climas Opostos: Europa em Calor Extremo e América Latina em Frio Intenso

A Europa vive um momento de calor intenso e súbito, com registos de até 46,6 graus Celsius em Portugal, um marco histórico para o mês de junho no país.

Porém, a situação não se limita a Portugal. Em França, por exemplo, o elevado calor resultou na morte de pelo menos duas pessoas e levou ao encerramento de vários monumentos icónicos, incluindo a Torre Eiffel. Em Itália, foram levantadas restrições para os trabalhos ao ar livre em resposta à onda de calor.

Este fenómeno, impulsionado por um dome de calor que aprisiona ar quente oriundo do norte de África, também provocou incêndios florestais devastadores em países como Espanha, Grécia e Turquia, gerando evacuações de milhares de cidadãos e resultando em pelo menos oito óbitos, além de centenas de pessoas hospitalizadas.

Enquanto isso, na América Latina, a situação é drasticamente oposta. A região é atingida por uma onda de frio extremo, com a Argentina, Chile e Uruguai a reportarem quedas de temperatura entre 10ºC e 15ºC abaixo do que é normativo para esta época do ano. Na Patagónia chilena, as mínimas desceram a impressionantes -15,7 graus Celsius, e a neve foi registada em várias áreas, causando danos significativos à agricultura.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, estas discrepâncias climáticas estão diretamente ligadas às alterações climáticas. Enquanto o Hemisfério Norte enfrenta ondas de calor cada vez mais frequentes e mortais, o Hemisfério Sul lida com frios extremos que colocam em risco a agricultura e a segurança alimentar.