China e EUA preparam nova fase de diálogos comerciais em Estocolmo
O Ministério do Comércio da China anunciou uma terceira ronda de negociações comerciais com os EUA, agendada para a próxima semana, em Estocolmo, seguindo reuniões em Genebra e Londres.

O Ministério do Comércio da China revelou hoje que, na próxima semana, terá lugar uma nova ronda de negociações comerciais com os Estados Unidos, a terceira deste ciclo, que se realizará entre os dias 27 e 30 de julho na capital sueca, Estocolmo. O vice-primeiro-ministro He Lifeng será o responsável pela delegação chinesa, conforme divulgado num comunicado oficial.
O porta-voz do ministério destacou que as conversações seguirão os consensos importantes já estabelecidos entre os líderes dos dois países, Xi Jinping e Donald Trump, durante a chamada telefónica realizada a 5 de junho. A nota acrescenta que ambas as partes têm como objetivo "explorar plenamente o mecanismo de consultas económicas e comerciais", além de abordar "questões de interesse comum com um espírito de respeito mútuo e cooperação".
Esta confirmação surge em linha com as informações reveladas na última terça-feira pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que anunciou o planejamento de reuniões entre segunda e terça-feira. O foco será a negociação para a prorrogação da trégua comercial de 90 dias, que termina a 12 de agosto.
Na primeira ronda de encontros realizada em maio em Genebra, os dois países decidiram suspender temporariamente o embargo comercial que resultou da escalada tarifária iniciada por Trump em abril. Após isso, em Londres, foi assinado um acordo-quadro que facilitou o alívio das restrições à exportação de bens estratégicos, como 'chips' ou minerais raros essenciais para o setor de defesa e aeroespacial.
Segundo a Bloomberg, a nova ronda de negociações visará também discutir formas de reduzir o défice comercial dos EUA com a China, além de pressionar por ações mais assertivas no combate ao tráfico de precursores químicos utilizados na produção de fentanilo. Em contrapartida, a China deverá reclamar mais acesso a tecnologias avançadas, especialmente no campo dos semicondutores, onde continua a ser dependente de fornecedores externos.