Política

Chega critica primeiros-ministros por declarações tardias e falta de transparência

há 6 horas

André Ventura acusa Luís Montenegro de desleixo político ao atualizar declaração de interesses na véspera de debates, destacando a opacidade em relação à sua empresa familiar.

Chega critica primeiros-ministros por declarações tardias e falta de transparência

O líder do Chega, André Ventura, expressou esta quarta-feira a sua indignação em relação à recente atualização da declaração de interesses do primeiro-ministro, Luís Montenegro. Em declarações a jornalistas, no final de uma visita aos Bombeiros Voluntários de Mira, no distrito de Coimbra, Ventura criticou Montenegro por entregar a nova declaração no Portal da Transparência logo antes de debates televisivos, considerando essa ação uma forma de "brincar com os portugueses".

"Estas declarações de interesses não são joguetes políticos, mas sim assuntos sérios. Se o primeiro-ministro tinha esta informação, deveria tê-la partilhado antes, evitando os actuales problemas no país", afirmou Ventura.

Relatos do semanário Expresso indicam que a atualização da declaração, realizada quase à meia-noite de segunda-feira, inclui mais sete empresas que são clientes da empresa familiar de Montenegro, a Spinumviva. Ventura questionou o líder do PSD se este estaria a "brincar" com a população, sublinhando a falta de clareza em torno da empresa familiar do candidato a primeiro-ministro, que se arrasta há mais de um mês.

O presidente do Chega referiu que "o primeiro-ministro não respondeu a questões que afetavam a sua integridade e transparência" e criticou a atualização da declaração a poucos dias das eleições, questionando os motivos pelos quais não o fez anteriormente.

Ainda sobre a recente interrupção no fornecimento de eletricidade, Ventura desafiou o primeiro-ministro a responsabilizar os responsáveis da Proteção Civil e do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). "Precisamos de respostas sobre quem deu ordens para não informar os cidadãos durante a crise", salientou.

Para Ventura, a ausência de responsabilização por parte do Governo só irá fomentar a impunidade. Mostrando-se favorável à auditoria proposta ao SIRESP pelo Governo, ele advogou que esta investigação deve abordar não só as falhas durante o apagão, mas também os motivos pelos quais, "centenas de milhões de euros depois, o sistema ainda não funciona adequadamente".

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