André Ventura critica a aliança oculta entre PS e PSD e defende o confisco de bens de corruptos, prometendo o maior pacote anticorrupção se for Governo.
André Ventura denunciou hoje a articulação entre o PS e o PSD, afirmando que os dois partidos simulam uma inimizade para, na realidade, colaborarem na manutenção de um sistema corrupto. Durante a apresentação do programa "Salvar Portugal" do Chega, às eleições legislativas de 18 de maio, o líder do partido deixou claro que, apesar das aparências, estes grupos são "os melhores aliados" na proteção de práticas ilegítimas.
Em evento realizado num hotel em Lisboa, Ventura criticou a postura dos socialistas e sociais-democratas e destacou a necessidade de penas mais rigorosas e do confisco de bens dos corruptos. "O Chega foi claro: é preciso elevar as penas e confiscar os bens dos corruptos", afirmou, referindo-se ainda a um recente anteprojeto de lei do Governo que repara o mecanismo de perda de bens, mesmo após a prescrição dos crimes ou em caso de morte dos arguidos.
Enquanto isso, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, expressou a esperança de que, até ao final da campanha, se esclareçam todas as incógnitas relacionadas com a Spinumviva, minimizando a necessidade de uma comissão parlamentar de inquérito. Ventura, por sua vez, prometeu que, se o Chega chegar ao Governo, lançará desde o primeiro dia o maior pacote anticorrupção da história, que incluirá medidas inspiradas em sistemas anglo-saxónicos, facilitando a apreensão de bens antes mesmo da condenação final.