Política

CDU prepara-se para candidaturas autárquicas em todos os municípios e mira a recuperação de câmaras

A CDU planeia candidatar-se a todos os municípios em Portugal nas eleições autárquicas, visando consolidar a sua presença nas câmaras, mesmo com desafios de liderança e a concorrência crescente.

há 9 horas
CDU prepara-se para candidaturas autárquicas em todos os municípios e mira a recuperação de câmaras

A CDU está determinada a participar nas próximas eleições autárquicas, apresentando candidaturas em todos os 308 municípios do país. A intenção da coligação, que inclui o PCP e o PEV, é não só manter como também fortalecer o número de câmaras que atualmente administra. Esta estratégia surge numa fase em que 11 dos seus 19 presidentes atingem o limite de mandatos.

Nas eleições de 2021, a CDU candidatou-se a 305 municípios, conquistando apenas 19 câmaras, o número mais baixo na sua história, recordando os tempos em que, em 1982, governava 55 autarquias. Em comparação com 2017, houve uma perda de cinco câmaras, incluindo Loures e municípios do sul como Mora e Montemor-o-Novo.

Jorge Cordeiro, membro da Comissão Política do PCP, destacou que a coligação não estabeleceu metas numéricas específicas, mas procura "consolidar e expandir" a sua presença, confiante de que os cidadãos reconhecerão a qualidade da gestão da CDU.

A maioria das candidaturas já foi submetida aos tribunais, com previsão de entrega das restantes. Entre os alvos da CDU estão recuperar câmaras como Loures e Moita, que foram perdidas para o PS por margens muito estreitas.

Entretanto, a CDU enfrenta questões ao nível da liderança em 12 dos 19 municípios que governa. Um exemplo é Setúbal, onde a ex-autarca Maria das Dores Meira, que deixou o PCP, apresentou uma candidatura independente, o que poderá impactar a votação da CDU que aposta novamente em André Martins.

Adicionalmente, a CDU deverá lidar com o facto de que em 11 câmaras têm presidentes que não podem recandidatar-se devido ao limite imposto. Exemplos incluem Carlos Pinto Sá em Évora, que será substituído por João Oliveira, eurodeputado do PCP.

Cordeiro não subestima a importância das figuras no terreno, mas recorda que a CDU já enfrentou desafios similares no passado, como em 2013, e conseguiu sair reforçada. A coligação também precisa estar atenta ao crescimento do Chega, que se tornou uma força significativa em várias localidades atualmente sob a sua gestão.

Apesar das pressões, Jorge Cordeiro afirma que a CDU não se deixará influenciar negativamente e que o foco permanecerá nas características locais das eleições.

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