Em discurso no parlamento, o líder do CDS-PP relembrou marcos históricos e incentivou o voto na coligação AD para manter a estabilidade e evitar retrocessos.
Durante uma sessão solene no parlamento que celebrou o 51.º aniversário do 25 de Abril e o 50.º da Assembleia Constituinte, Paulo Núncio, líder parlamentar do CDS-PP, recordou momentos decisivos da nossa democracia.
Mencionou a importância do "testemunho luminoso" do Papa Francisco, e a forma como os portugueses vibraram com as primeiras eleições livres, num cenário em que alguns impediam a realização dos votos. Segundo Núncio, este episódio reafirma que o povo optou por uma democracia europeia e ocidental, rejeitando qualquer tutela político-militar.
O dirigente também recordou os 16 deputados democrata-cristãos eleitos, mesmo tendo enfrentado violência, ameaças e cercos, e defendeu o voto contra à Constituição de 1976, qualificado como "um verdadeiro hino à liberdade e à democracia pluralista".
Reforçou ainda a relevância da celebração anual do 25 de novembro na Assembleia da República, afirmando que "os dois 25s são a continuação de uma vitória: em abril, ganhámos a liberdade; em novembro, evitámos perdê-la!"
No encerramento, Paulo Núncio apelou diretamente aos eleitores para que, nas legislativas antecipadas de 18 de maio, optem pela coligação AD (PSD/CDS-PP). Segundo ele, a escolha é entre avançar e retroceder, recordando as recentes medidas do executivo que demonstram uma política moderada e eficaz, capaz de evitar o regresso à instabilidade crónica da 1.ª República.
Para o líder, a estabilidade e a continuidade que a AD proporciona devem ser preferidas a alternativas que, segundo ele, correm o risco de extremismos e de se afastarem dos caminhos do progresso no país.