Candidaturas à Presidência ganham impulso na Esquerda: António Filipe é o novo nome em destaque
A corrida a Belém aquece com a entrada de António Filipe e a incerteza sobre Augusto Santos Silva. O cenário político torna-se cada vez mais dinâmico.

O final de junho marca um ponto de viragem nas aspirações presidenciais, com o anúncio de António Filipe como o mais recente candidato à presidência da República. O membro do Partido Comunista Português (PCP) foi escolhido "por unanimidade" pelo Comité Central, segundo revelou o secretário-geral do partido, Paulo Raimundo. Este considera Filipe "um candidato que une todos os que defendem a Constituição, independentemente das suas convicções políticas."
Com a concorrência a Belém a intensificar-se, a candidatura de António Filipe não só reforça a presença da Esquerda nas eleições, como também suscita a expectativa de outros possíveis candidatos. António Vitorino, um dos nomes cogitados, anunciou recentemente que não avançará, sublinhando a necessidade de uma candidatura única na área da centro-esquerda. O socialista, que já ocupou o cargo de comissário europeu, expressou que tinha desejado a existência de um consenso entre os potenciais candidatos dessa vertente política.
Por outro lado, António José Seguro, ex-secretário-geral do Partido Socialista, já confirmou a sua decisão de se candidatar, enfatizando a importância de Portugal não só ter estabilidade, mas também confiança em quem o lidera. Seguro manifestou satisfação pelo fato de Vitorino não se candidatar, interpretando essa decisão como um passo positivo para a união entre os que partilham ideais de progresso e humanismo.
Além de António Filipe e António José Seguro, outros candidatos já formalizaram a sua intenção de concorrer, como Henrique Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes e Joana Amaral Dias, que lançou a sua campanha recheada de críticas aos adversários. No campo da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão tentou inicialmente avançar com uma candidatura a Belém, mas acabou por desistir para se candidatar à liderança do partido.
O futuro do cenário presidencial continua a ser incerto, especialmente com Augusto Santos Silva a anunciar a sua decisão sobre uma candidatura no dia 2 de julho. Silva alega que as candidaturas já apresentadas não abrangem todo o espectro político necessário para as eleições em janeiro, deixando espaço para mais surpresas.