Economia

BRICS em foco: reformas globais e tensões regionais na agenda

há 5 horas

No Rio de Janeiro, os ministros dos Negócios Estrangeiros do BRICS discutem a atualização das instituições internacionais, os conflitos regionais e a rejeição às tarifas unilaterais.

BRICS em foco: reformas globais e tensões regionais na agenda

No início das reuniões, os onze ministros dos Negócios Estrangeiros do BRICS iniciam um processo de discussão sobre o papel dos países emergentes perante os desafios globais e as atuais crises geopolíticas, nomeadamente os conflitos na Ucrânia, na Faixa de Gaza e outras tensões, envolvendo direta ou indiretamente alguns membros do grupo.

Realizado no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, o encontro reúne os responsáveis máximos pela diplomacia dos cinco membros originais – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que, junto com outros países recentemente integrados e parceiros, têm de abordar a reforma dos órgãos que sustentam a ordem internacional. Um dos pontos-chave é a atualização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de modo a torná-lo mais inclusivo, representativo e apto a responder aos desafios contemporâneos.

Segundo o secretário de Assuntos Económicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, em conferência de imprensa, esta iniciativa enquadra-se na aposta do Brasil, que desde a presidência do G20 em 2024 coloca a reestruturação institucional e o fortalecimento da posição dos países em desenvolvimento como prioridades, numa tentativa de criar um sistema global menos desigual e mais equilibrado.

Adicionalmente, os ministros reafirmam a oposição às tarifas unilaterais impostas, em particular pelas políticas comerciais dos Estados Unidos, que se agravam após declarações do Presidente Donald Trump acerca da imposição de tarifas à China, um dos membros fundadores do bloco.

Espera-se que a reunião conclua com a assinatura de um documento que será posteriormente debatido na cimeira dos chefes de Estado e de Governo, prevista para os dias 6 e 7 de julho, reforçando o compromisso com o multilateralismo, a preservação de instituições como a Organização Mundial do Comércio e o apoio ao Acordo de Paris – temas que ganham especial relevo para o Brasil, anfitrião da COP30 e guardião da maior floresta tropical do mundo.

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