Biblioteca Nacional acolhe estudantes do secundário com nova sala de leitura
A Biblioteca Nacional de Portugal abre nova sala de leitura em setembro e baixa a idade mínima de acesso para 16 anos, buscando incentivar o gosto pela leitura entre os jovens.

A Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) está a preparar-se para receber os alunos do Ensino Secundário, reduzindo a idade mínima de entrada de 18 para 16 anos. O diretor-geral da instituição, Diogo Ramada Curto, partilhou a visão da biblioteca como um espaço de liberdade e incentivo à leitura. "Queremos que os estudantes sintam-se à vontade para virem à Biblioteca Nacional e desenvolverem o aprecio pelo livro", afirmou em entrevista.
Com o objetivo de oferecer um ambiente acolhedor, a BNP irá inaugurar em setembro uma nova sala de leitura geral, com capacidade para 120 pessoas. Este espaço é resultado da reabilitação de uma área que esteve encerrada durante 15 anos e visa atender tanto os estudantes como a comunidade académica e científica, que frequentemente utiliza a biblioteca como um recurso vital.
No último ano, a BNP contabilizou 22.000 presenças em sala, refletindo a crescente procura por ambientes de estudo. Diogo Ramada Curto sublinhou a necessidade de proporcionar um local apropriado para os muitos alunos que habitam em Lisboa, especialmente na área do Campo Grande, onde existem limitações de espaços de estudo adequados.
“É preocupante que muitos estudantes encontrem dificuldades em estudar nas suas residências”, disse o diretor, referencing à sobrelotação de outros espaços na região. O novo espaço destacado pela luz natural e a vista para um charco no jardim demandou um investimento em estores para controlar a luminosidade. O mobiliário, segundo Ramada Curto, é proveniente de uma parceria especial e de itens armazenados anteriormente.
A missão da BNP é ser um espaço onde todos possam sentir-se "livres e entusiasmados" para estudar, promovendo o amor pelos livros e pelo conhecimento. "Estamos comprometidos em acolher estudantes, professores e investigadores, respondendo às suas necessidades e promovendo a leitura", finalizou Diogo Ramada Curto, que tem uma ligação pessoal profunda com a biblioteca.