Política

BE questiona critérios da PSP para manifestação de extrema-direita no Martim Moniz

há 6 dias

O BE interroga o MAI sobre a discrepância nas avaliações de risco para uma manifestação de extrema-direita agendada para 25 de abril no Martim Moniz e exige medidas de segurança.

BE questiona critérios da PSP para manifestação de extrema-direita no Martim Moniz

O Bloco de Esquerda expõe dúvidas sobre a recente avaliação de risco da PSP para uma concentração marcada para o próximo 25 de abril, na Praça do Martim Moniz, um dia de forte simbolismo por coincidir com os 51 anos da Revolução dos Cravos.

Numa interrogação dirigida à ministra Margarida Blasco, e assinada por Fabian Figueiredo, líder parlamentar, o BE referiu que a manifestação, organizada pelo partido Ergue-te, a associação Habeas Corpus e o Grupo 1143, é promovida por entidades com "um longo historial de ações violentas, discursos de ódio e desrespeito pela legalidade democrática".

O partido alerta para uma contradição: enquanto a PSP emitiu um parecer "não negativo" para a manifestação prevista, há menos de um ano, uma concentração semelhante do mesmo Grupo 1143 foi proibida após uma avaliação que identificou um elevado risco de desordem pública, tendo em conta as características da zona e o potencial de confrontos.

Os bloquistas questionam a consistência dos critérios adotados pelas autoridades, sobretudo considerando que o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 omitiu o capítulo sobre a ameaça da extrema-direita violenta, o que, segundo eles, desvaloriza o real risco que estes grupos representam.

Assim, o BE quer saber quais os elementos concretos que justificam a atual avaliação da PSP, por que motivo se considera que não há risco para a ordem pública e se foi ponderado o impacto da manifestação sobre a segurança da comunidade local, com a sua composição multicultural e histórico de episódios de violência. O partido exige ainda a implementação de medidas que garantam a proteção dos residentes na zona do Martim Moniz.

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