Aumento do Subsídio de Refeição: Impacto Económico Atraente
Estudo revela que cada euro gasto em cartões de refeição injeta 3,15 euros na economia, contribuindo para um PIB crescente e criação de novos empregos.

Um estudo recente da SVoucher, realizado em colaboração com a Nova IMS, destaca o excelente impacto que a atribuição de subsídios de refeições através de cartões pode ter na economia portuguesa. Este modelo gera um impacto fiscal positivo de 87 milhões de euros e contribui para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,718%, equivalente a 1,74 mil milhões de euros.
Segundo a análise divulgada, por cada euro consumido através do cartão de refeição, são injetados 3,15 euros na economia, com um crescimento do PIB de 2,11 euros. O estudo, intitulado "Impacto macroeconómico da titularização do subsídio de refeição em Portugal", focou na atribuição diária de 9,60 euros a 1,3 milhões de trabalhadores do sector privado.
Os cartões de refeição oferecem benefícios fiscais significativos, tanto para as empresas como para os colaboradores, e apesar de já serem vantajosos, o estudo enfatiza que têm um impacto positivo nas contas do Estado. As isenções de IRS/IRC e TSU traduzem-se num aumento do montante disponível para alimentação e num rendimento acessível que atinge 738 milhões de euros. Este cenário anima o consumo interno, atingindo um incremento de 775 milhões de euros, pois o cartão canaliza gastos para um sector específico da economia, sem possibilidade de poupança.
Além disso, antevê-se a criação de 72.498 novos postos de trabalho (diretos e indiretos), ajudando desta forma a reduzir a taxa de desemprego.
O estudo também explora o impacto de um eventual aumento do valor do subsídio. Se o valor diário subisse para 10,80 euros, o impacto fiscal seria de 98 milhões de euros, com um efeito positivo de 0,809% no PIB (1,96 mil milhões de euros) e a geração de 97 mil novos empregos. Por outro lado, um incremento para 12 euros diários poderia resultar num impacto fiscal de 113 milhões de euros, um reforço de 0,90% no PIB (2,18 mil milhões de euros) e 108 mil novos postos de trabalho.
Finalmente, se o número de beneficiários aumentasse de 1,3 milhões para 2,9 milhões, a projeção para o crescimento do PIB passaria para 1,615% (3,91 mil milhões de euros), com a expectativa de criar 192,3 mil novas oportunidades de emprego e um impacto fiscal positivo de 200 milhões de euros.