Ataques israelitas junto a hospital em Gaza causam 28 mortos

Hoje, a Defesa Civil do enclave palestiniano de Gaza anunciou que 28 pessoas perderam a vida em ataques direcionados a áreas circundantes de um hospital em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Estes bombardeamentos ocorreram após uma breve interrupção nos combates, que teve como objetivo a libertação do refém israelo-americano Edan Alexander.

O Exército de Israel justificou os seus ataques, alegando que os hospitais visados serviam de base para atividades do grupo islamita Hamas. Contudo, de acordo com informações fornecidas pelo Hamas, durante os bombardeios ao Hospital Nasser, várias vidas, incluindo a de um jornalista, foram ceifadas.

A Defesa Civil relatou que os bombardeamentos israelitas também atingiram o "pátio do Hospital Europeu", resultando em numerosas fatalidades. O porta-voz Mahmoud Bassal partilhou à agência France Presse que mais de 20 pessoas estão desaparecidas na residência da família Al-Afghani nas proximidades do hospital afetado.

O fotógrafo Amro Tabash descreveu a cena como "absolutamente catastrófica", enquanto a Organização Mundial de Saúde se encontra no local, preparando a evacuação de crianças feridas para quarta-feira.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmara previamente que o Exército de Israel se prepara para uma incursão militar em Gaza com toda a força, sem vislumbrar um cenário de cessar-fogo. “Nos próximos dias, avançaremos com a nossa operação para derrotar o Hamas”, afirmou Netanyahu.

Além disso, o líder israelita mencionou que o governo está em negociações com países que possam acolher habitantes da Faixa de Gaza, sustentando que muitos expressaram interesse em deixar a área.

O conflito, que teve início em 7 de outubro de 2023 com ataques do Hamas a Israel, resultou em cerca de 1.200 mortes e 250 reféns. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já causou mais de 52 mil mortos, segundo autoridades locais, além de devastar a infraestrutura e deslocar a quase totalidade dos residentes.

Apesar de tentativas de negociação mediadas a nível internacional para uma nova trégua e a libertação dos reféns retidos pelo Hamas, ainda não se chegaram a acordos.