Em pleno corte de energia que afecta a Península Ibérica, os habitantes de Coimbra priorizam água, pão e outros essenciais, enquanto estabelecimentos encerram operações devido à falta de eletricidade.
Com o corte de energia estendendo-se por toda a Península Ibérica e parte de território francês, muitos cidadãos de Coimbra viram-se obrigados a recorrer a compras de última hora em estabelecimentos que ainda permaneciam abertos, privilegiando produtos como água, pão e fruta, essenciais para improvisar as refeições.
Num dos maiores hipermercados da cidade, clientes fizeram compras rápidas para "desenrascar" o jantar, recorrendo a itens básicos e até surpreendendo-se com a procura por água fresca e produtos enlatados. Em simultâneo, diversas padarias, como em São Martinho do Bispo, viram-se a enfrentar a escassez de pão já no início da tarde.
Serviços essenciais como bombas de combustível e outros supermercados também se encontram fechados, obrigando os consumidores a adaptarem-se à situação. Cafés e restaurantes, sobretudo na zona de Solum, começaram a suspender as suas atividades por volta das 15:30, com alguns clientes ainda a aproveitar para consumir bebidas refrigeradas, nomeadamente cerveja que mantinha a frescura nas mesas.
A preocupação estende-se para além das compras diárias. Alguns clientes manifestaram opiniões que misturam teorias sobre o apagão com críticas à falta de preparação para situações emergenciais, recordando episódios de intempéries e de pandemia. Outros demonstraram um ceticismo que se materializa em comparações com eventos anteriores, sublinhando a vulnerabilidade do país face a futuras crises.
Em contexto escolar, a situação levou algumas instituições a anteciparem a saída dos alunos, provocando um misto de alívio e apreensão entre os estudantes, que agora veem as aulas interrompidas e o ambiente de instabilidade que se instaurou.
A REN – Redes Energéticas Nacionais confirmou o corte generalizado de eletricidade, revelando que os planos de restabelecimento estão a ser implementados de forma gradual. Em Lisboa, o apagão registou-se às 11:30, marcando o início de uma situação que afeta tanto a rotina como o bem-estar dos cidadãos.