Em meio a interrupções na rede elétrica, portadores de ELA enfrentam ansiedade e perigo real, dependendo de aparelhos que garantem a sua sobrevivência.
O recente apagão desta segunda-feira provocou apreensão na população, afetando de modo particularmente os indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que necessitam de eletricidade para manter o funcionamento dos aparelhos vitais.
Para estes doentes, a perda repentina da energia não é apenas um inconveniente: é uma ameaça direta à vida. A incerteza quanto à fonte de energia e o receio de verem esgotarem as baterias dos seus equipamentos vitais geraram sentimentos de isolamento e medo. O seu testemunho revela que cada segundo sem energia elétrica corresponde a um potencial fim prematuro.
Jordi Sabaté, um dos rostos mais conhecidos da luta contra a ELA em Espanha, descreveu o episódio como “um pesadelo terrível” e "uma tortura psicológica". Em linguagem contundente, enfatizou que para quem depende dos aparelhos para respirar, a ausência de luz equivale praticamente à morte.
Em resposta ao susto vivido, Sabaté recorreu à sua conta na rede social X, endereçando um apelo urgente a empresas do setor energético, como a Endesa. “Tenho pavor de ficar asfixiado se ocorrer outro apagão”, escreveu, pedindo a instalação imediata de um gerador no seu apartamento para assegurar o funcionamento contínuo dos equipamentos de suporte à vida – um investimento que ele mesmo se dispõe a financiar.
Este acontecimento sublinha a necessidade imperiosa de soluções de emergência que garantam a continuidade dos serviços de energia, sobretudo para os mais vulneráveis, e lembra-nos da importância de investir em sistemas de apoio que salvem vidas.