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Apagão em Lisboa: Caos e Incerteza nas Ruas

há 1 dia

Situação caótica na zona ocidental de Lisboa deixa filas à porta de lojas, mercados e restaurantes, com civismo e tensão nas ruas devido à interrupção de energia na Península Ibérica.

Apagão em Lisboa: Caos e Incerteza nas Ruas

Na zona entre Sete Rios e Benfica, várias ruas de Lisboa transformam-se em pontos de espera, onde filas se formam à porta de lojas de conveniência, minimercados e restaurantes, num cenário que muitos definem como "ficção científica".

No ambiente marcado por dúvidas e receios, os cidadãos referem que "não há luz por todo o lado", sentindo um clima de incerteza enquanto se procuram soluções para enfrentar o apagão que se estende por toda a Península Ibérica.

Entre Benfica e Sete Rios, o espírito de civismo apercebe-se onde os condutores respeitam rigorosamente as passadeiras, mesmo com a falta de semáforos, e nas paragens de táxis não se avista a habitual frota de viaturas.

A presença ocasional de carros de bombeiros e viaturas policiais em emergência, assim como o funcionamento parcial de alguns restaurantes que abraçam os grelhados, contrasta com a operação das lojas. Em São Domingos de Benfica, minimercados e lojas de conveniência continuam abertos, com clientes em busca de água e velas, enquanto nas bancas de frutas e legumes o método tradicional de calcular as contas à mão permanece necessário.

O bairro de Benfica assiste, por outro lado, ao encerramento da maioria dos supermercados e dos bancos, que, juntamente dos multibancos, encontram-se inoperantes, o que tem levado o comércio local a encerrar gradualmente as suas portas.

No Centro Comercial Colombo, após o apagão, os clientes foram orientados a deixar o recinto, sendo autorizados a regressar apenas se se dirigirem ao hipermercado Continente. Algumas lojas aproveitaram a situação, tentando "comprar qualquer coisa" para evitar a deterioração dos alimentos, enquanto os trabalhadores do Continente confirmaram que os pagamentos por multibanco continuam a funcionar.

Um responsável de segurança do Colombo explicou que, em caso de falhas de energia, os elevadores descem automaticamente ao piso zero e abrem as suas portas, permitindo uma evacuação sem contratempos. Já nas imensas filas das caixas do Continente, é possível observar tanto clientes com ar resignado como outros impacientes, enquanto as portas exteriores do centro comercial são controladas à semelhança dos tempos vividos durante a pandemia de covid-19.

Nas principais artérias, como a Segunda Circular, o trânsito flui intensamente, e na área da Gare do Oriente as filas continuam, com geradores que já foram desligados. O Centro Comercial Vasco da Gama encontra-se encerrado e as zonas de cafés e caixas ATM, apesar de cheias, continuam a operar. Na área das camionetas do Parque das Nações, uma multidão se congrega, atenta aos desdobramentos deste episódio energético.

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#ApagãoLisboa #CriseEnergética #CaosUrbano