António Costa recorda o espírito visionário de João Cravinho, que encontrou soluções inovadoras em tempos de desafios orçamentais e económicos, deixando marca indelével no país.
António Costa, atual presidente do Conselho Europeu, compareceu este sábado às cerimónias fúnebres em Lisboa para despedir o ex-ministro João Cravinho, falecido na passada quarta-feira aos 88 anos. Durante o discurso, Costa enfatizou o papel pré-eminente de Cravinho na política, destacando a sua capacidade de antecipar desafios e encontrar novos esquemas de financiamento num período crítico para o país.
Segundo Costa, homens do calibre de João Cravinho são essenciais não só para a política portuguesa, mas para qualquer nação que se depara com desafios comuns. O líder sublinhou ainda a ligação estreita que o ex-deputado no Parlamento Europeu mantinha com os problemas concretos do país, tornando-o uma figura rara e valiosa no panorama político.
Nascido em Angola, em 1936, e formado em engenharia civil pelo Instituto Superior Técnico, Cravinho desempenhou papéis decisivos em diferentes governos, tendo sido ministro da Indústria e Tecnologia no IV Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves, e mais tarde ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território no XIII Governo Constitucional, sob a liderança de António Guterres.