Mundo

Amplas apelos à suspensão da ajuda da Fundação Humanitária de Gaza

Organizações internacionais pedem o fim da ajuda prestada pela GHF, alegando riscos para a população palestiniana em Gaza.

há 5 horas
Amplas apelos à suspensão da ajuda da Fundação Humanitária de Gaza

Hoje, centenas de organizações não-governamentais (ONGs) apelaram à dissolução do mecanismo de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), à medida que crescem as preocupações com a segurança dos palestinianos que se deslocam aos pontos de assistência. Este apelo surge após a morte de numerosos cidadãos palestinianos nas proximidades dos centros de ajuda.

A GHF, que conta com o apoio de Israel e dos Estados Unidos, reportou ter distribuído mais de 52 milhões de refeições nas últimas cinco semanas, mas os desafios permanecem enormes.

Um comunicado conjunto assinado por mais de 165 ONGs, incluindo Oxfam, Save the Children e Amnistia Internacional, destaca a crítica situação enfrentada pelos palestinianos: “A população em Gaza vive uma escolha aterradora: morrer de fome ou arriscar-se a ser baleada ao procurar comida para as suas famílias”.

A GHF iniciou a sua operação de ajuda humanitária a 26 de maio, após um bloqueio israelita que deixou a população de Gaza, composta por mais de dois milhões de pessoas, à beira da fome.

Os palestinianos muitas vezes são obrigados a percorrer longas distâncias até aos quatro centros da GHF, o que, numa situação caótica e com uma enorme afluência por parte da população, gera cenas de desespero e confusão. Recentemente, pelo menos sete palestinianos perderam a vida e mais de 65 ficaram feridos ao tentarem obter assistência, conforme informado pelos hospitais locais.

Dados do Ministério da Saúde de Gaza indicam que, no último mês, mais de 500 palestinianos foram vítimas de disparos das tropas israelitas nas proximidades dos centros de ajuda geridos pela GHF.

Embora a GHF tenha afirmado que não houve violência nos seus centros nem disparos por parte dos seus funcionários, a situação continua tensa. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel não comentou sobre as recentes mortes.

Na próxima semana, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, irá a Washington reunir-se com o presidente dos EUA, Donald Trump, num encontro que deverá focar a possível finalização do conflito entre Israel e o Hamas, que já causou mais de 56 mil mortes de palestinianos desde o início da atual escalada de violência a 7 de outubro de 2023.

#SOSGaza #PazAgora #DireitosHumanos