Afeganistão apela à Índia e Paquistão por diálogo em meio a tensões crescentes

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Afeganistão expressou hoje a sua crescente preocupação com a escalada das tensões entre o Paquistão e a Índia. O Governo afegão declarou que uma intensificação do conflito não beneficiaria a estabilidade da região.

Na sua declaração, o Governo humilde e resiliente de Cabul apelou a ambas as nações que mantenham a moderação e optem por resolver as suas desavenças através do diálogo e da diplomacia. Este apelo acontece após uma série de ataques recentes que resultaram na morte de pelo menos 26 pessoas no Paquistão e 12 na Índia.

As relações entre os talibãs, que governam o Afeganistão desde o verão de 2021, e o Paquistão, já marcadas por tensões em matéria de segurança, tornaram-se ainda mais complicadas devido à recente expulsão em massa de afegãos por Islamabad. Desde abril, dezenas de milhares de afegãos foram forçados a deixar a primeira linha.

Em contraste, os talibãs procuraram estabelecer uma aproximação com a Índia, que, todavia, não reconhece o seu governo, ao contrário de outras nações no mundo.

A escalada atual de violência entre a Índia e o Paquistão foi precipitada por um ataque bombista na Caxemira, há duas semanas, que resultou em 26 mortos e pelo qual a Índia responsabiliza o Paquistão, que nega as acusações.

Esta manhã, o ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, reiterou que os bombardeamentos indianos em território paquistanês visaram especificamente "campos terroristas" previamente identificados, com a intenção de proteger a população civil. "Os alvos foram eliminados com precisão para garantir a segurança das pessoas e das infraestruturas civis", garantiu Singh, sublinhando que se tratou de uma ação meticulosamente planeada.