A polícia de Nova Iorque entrou no campus da Universidade de Columbia para remover manifestantes pró-Palestina, após solicitação da administração.
No passado dia quarta-feira, a Polícia de Nova Iorque realizou uma intervenção no campus da Universidade de Columbia com o objetivo de desalojar manifestantes que se encontravam a protestar a favor da causa palestiniana. Esta ação foi confirmada pelo presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams, que afirmou que a polícia atuou a pedido escrito da universidade.
“A polícia de Nova Iorque está a entrar no campus para expulsar indivíduos que estão a invadir propriedade privada,” declarou Adams num comunicado, acrescentando que, embora a cidade valorize o direito ao protesto pacífico, não pode tolerar qualquer forma de anarquia.
A universidade também se pronunciou sobre a situação, indicando que lidava com uma perturbação na sala de leitura da Biblioteca Butler. “Os manifestantes foram informados de que a desobediência às normas da instituição pode resultar em detenções,” revelou a universidade.
Os protestos foram liderados por um grupo que exige que a instituição desinvista de empresas associadas ao Estado de Israel, propondo ainda que a biblioteca mude de nome para "Universidade Popular Bassel al-Araj", em honra a um ativista palestiniano falecido em 2017. Contudo, não está claro se todos os manifestantes estavam ligados a este grupo.
A Universidade de Columbia, que durante a administração de Donald Trump enfrentou pressões relacionadas com financiamentos federais, já havia introduzido mudanças substanciais nas suas políticas, incluindo uma proibição de mascaras e a exigência de identificação aos manifestantes no campus.
Por parte dos manifestantes, o grupo Columbia University Apartheid Divest manifestou que a ocupação da biblioteca foi motivada pela crença de que a universidade lucra com a opressão imperialista. A mensagem deles foi clara: “A repressão gera resistência - se a Columbia intensificar a repressão, as perturbações continuarão a crescer neste campus.”
A guerra na Faixa de Gaza, que começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas em território israelita, agravou significativamente a situação humanitária, com um número de vítimas que já ultrapassou os 52 mil, incluindo um elevado número de civis e crianças. A ONU considera as informações fornecidas pelas autoridades locais como fidedignas, destacando ainda que Israel tem restrito a entrada de ajuda humanitária na região desde março.