A business advisor Marina Almeida apela para que os líderes deixem de associar o cansaço à dedicação, defendendo a importância de um equilíbrio saudável na gestão das equipas.
A cada 1 de maio, celebramos o Dia do Trabalhador, um momento propício para refletir sobre o ambiente organizacional e a função dos líderes nas empresas. Que qualidades deveria ter o 'bom líder'? De que forma as suas ações impactam o desempenho dos colaboradores?
Marina Almeida, business advisor com uma vasta experiência em empresas como Airbus, Galp e Martifer, partilha em entrevista ao Notícias ao Minuto que é fundamental deixar de "romantizar o cansaço como sinónimo de dedicação". Ela defende que os líderes devem encontrar tempo para pensar, liderar e cuidar da sua energia. A delegação de tarefas é um aspeto crucial neste contexto.
Segundo Marina, os verdadeiros líderes são aqueles que "conseguem confiar" nas suas equipas, não os que tentam controlar cada detalhe. A qualidade da liderança é determinante para o sucesso de uma organização. Uma liderança consciente não só estabelece a direção estratégica, como também influencia a cultura da empresa.
Uma boa liderança gera um contexto favorável ao crescimento e à produtividade, enquanto uma liderança confusa ou ausente resulta em desmotivação e falta de foco. As empresas com bons líderes tendem a ser mais rentáveis e equilibradas.
Os líderes desempenham um papel crucial na estrutura organizacional, assegurando que haja alinhamento entre a visão da empresa e a sua execução. É essencial que liderem com clareza e promovam um ambiente de aprendizagem. Quando um líder se desenvolve, a organização como um todo beneficia, pois a sua energia e clareza emocional afetam diretamente o ambiente de trabalho.
Marina Almeida destaca ainda a pressão que muitos CEOs enfrentam, levando a estados de exaustão. A necessidade de sobreviver operacionalmente impede que os líderes tenham tempo para refletir sobre o futuro do negócio. "É urgente parar de romantizar o cansaço. Um verdadeiro compromisso gera resultados sustentáveis", afirma ela.
Por isso, criar uma cultura organizacional sustentável requer líderes que não apenas focam nos resultados imediatos, mas também na saúde emocional da sua equipa. Uma liderança que sabe equilibrar performance e bem-estar é fundamental para o sucesso duradouro das empresas.
A importância de um líder reside na sua capacidade de clareza, empatia, e na promoção de um ambiente colaborativo, onde cada membro da equipa pode evoluir. A sustentabilidade do negócio é garantida quando as pessoas estão no centro das decisões e nos processos da organização. Em suma, a liderança consciente e equilibrada será sempre o caminho para o futuro das empresas.