Mundo

A Dinamarca assume a liderança da UE com foco na segurança europeia

A segurança do continente e o aumento das despesas militares estão no centro da presidência dinamarquesa da União Europeia, segundo a primeira-ministra Mette Frederiksen.

há 6 horas
A Dinamarca assume a liderança da UE com foco na segurança europeia

A Dinamarca inicia hoje a sua presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE), sucedendo à Polónia, que centrou a sua liderança nos pacotes de sanções contra a Rússia e no debate sobre a defesa europeia.

A primeira-ministra, Mette Frederiksen, afirmou em entrevista ao jornal dinamarquês Politiken que "a segurança é claramente a principal prioridade" do novo mandato. "Um novo objetivo da NATO foi adotado, e a maior parte dele agora dependerá das políticas da UE", acrescentou.

No final de junho, os membros da NATO formalizaram um compromisso para investir 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em segurança até 2035, incluindo pelo menos 3,5% em despesas militares. No entanto, a Espanha criticou este objetivo como excessivo, pedindo flexibilidade.

A Dinamarca pretende avançar com um plano, apresentado em março, que visa fortalecer as capacidades de defesa dos Estados-membros da UE, através de procedimentos simplificados e empréstimos para investimentos nas suas indústrias de defesa.

A primeira-ministra sublinhou que "a situação de segurança na Europa é instável e, por ser instável, também perigosa. A história mostra que os conflitos tendem a espalhar-se e existem tantas tensões hoje que isso pode dar origem a novos conflitos".

No âmbito do programa "Europa segura", a presidência dinamarquesa também se concentrará no combate à imigração irregular, prometendo "soluções novas e inovadoras". A Dinamarca, que defende uma política migratória mais restritiva, visa garantir que os requerentes de asilo registem os seus pedidos antes de chegarem à Europa e pretende limitar a atuação do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

Recentemente, a Dinamarca associou-se à Itália e a mais sete países para pedir uma reinterpretação da Convenção Europeia dos Direitos Humanos no que diz respeito às migrações, defendendo que, em algumas situações, este tratado pode proteger “as pessoas erradas”.

#SegurançaEuropeia #DefesaDaUE #ImigraçãoResponsável