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Yoon Suk-yeol em tribunal por alegações de insurreição e abuso de poder

há 4 horas

O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, foi novamente ao tribunal devido a acusações de insurreição, numa fase crítica da campanha para as presidenciais.

Yoon Suk-yeol em tribunal por alegações de insurreição e abuso de poder

Yoon Suk-yeol, o ex-presidente deposto da Coreia do Sul, compareceu hoje ao Tribunal Distrital Central de Seul para a terceira audiência do seu julgamento criminal, onde enfrenta acusações de insurreição e abuso de poder. Este julgamento surge no momento em que a campanha eleitoral para as eleições presidenciais entra em ação.

O ex-presidente chegou ao tribunal pelas 10:00 (02:00 em Lisboa) e, ao contrário da prática habitual, optou por não prestar declarações aos jornalistas.

A sessão de hoje é particularmente significante, pois é a primeira desde que, no dia 1 de maio, o Ministério Público sul-coreano ampliou as acusações com a inclusão de “abuso de poder”, relacionado com a declaração de lei marcial a 3 de dezembro.

O tribunal planeia ouvir as declarações de um alto responsável do Comando de Guerra Especial do exército e de um comandante assistente do Comando de Defesa da capital como testemunhas.

Yoon implementou de forma súbita a lei marcial durante a noite de 3 para 4 de dezembro, mobilizando o exército para cercar o Parlamento, controlado pela oposição. Contudo, em poucas horas, uma considerável quantidade de deputados conseguiu reunir-se para revogar essa medida, provocando uma crise nacional.

Se for considerado culpado, Yoon poderá tornar-se o terceiro ex-presidente sul-coreano a ser sentenciado por insurreição, seguindo a trilha de Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo em 1996, devido a um golpe de Estado de 1979.

Yoon, por sua vez, refutou as alegações de insurreição, argumentando que a ação temporária e não violenta não se categoriza como tal. "Descrever um evento que durou apenas algumas horas como insurreição parece-me juridicamente infundado", afirmou no final de abril.

O Ministério Público adverte que Yoon tinha a intenção de incitar uma revolta para derrubar a ordem constitucional, alegando que a lei marcial fora preparada previamente e que havia instruções ao exército para cortar eletricidade e danificar as janelas do Parlamento.

As eleições presidenciais ocorrerão a 3 de junho, com a campanha oficial a começar hoje, onde se destaca o líder da oposição, Lee Jae-myung, que lidera nas sondagens, após ter perdido a eleição anterior para Yoon por uma margem estreita.

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