O presidente chinês, Xi Jinping, viajará para a Rússia de quarta a sábado, marcando os 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazi e discutindo o conflito na Ucrânia.
O Kremlin anunciou hoje que o presidente chinês, Xi Jinping, realizará uma visita à Rússia entre quarta-feira e sábado. Esta viagem corresponde às celebrações dos 80 anos da vitória na II Guerra Mundial contra a Alemanha nazi e irá incluir discussões sobre a atual situação na Ucrânia.
Segundo informações divulgadas pela agência France-Presse (AFP), Xi Jinping estará envolvido em conversações bilaterais focadas no fortalecimento das relações de parceria global e interação estratégica, além de abordar questões relevantes no cenário internacional e regional.
O Kremlin também indicou que serão formalizados vários documentos bilaterais entre os governos e ministérios durante a visita.
Este encontro ocorre em um momento de crescente tensão entre Pequim e Washington, sublinhando a sólida aliança entre a Rússia e a China.
A visita de Xi Jinping será acompanhada por líderes de cerca de 20 nações durante a parada militar de 9 de maio na Praça Vermelha, incluindo o Presidente do Brasil, Lula da Silva, e outros aliados tradicionais de Moscovo.
Entre os dignatários presentes estará também o Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que chegou esta manhã a São Petersburgo, onde foi recebido pelo governador Alexandr Beglov.
Enquanto isso, no sábado, o Kremlin acusou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky de ameaçar as festividades do 9 de maio, mencionando que a Ucrânia não pode assegurar a segurança dos líderes internacionais que se dirigem a Moscovo.
A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, indicou que a declaração de Zelensky constituía uma “ameaça inequívoca” às celebridades e que a Ucrânia poderia estar a ser usada como um bode expiatório.
Zelensky, por sua vez, expressou preocupações em relação à segurança, afirmando que não se pode prever as ações da Rússia, que poderia usar a ocasião para criar incidentes com o intuito de culpar a Ucrânia.