O Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, interrompeu a sua visita aos Estados Unidos após se sentir mal, regressando a casa antes de encontros agendados com líderes norte-americanos.
O Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, teve que cancelar a sua visita aos Estados Unidos, onde estava programada uma reunião com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump. A decisão de Vucic de regressar à Sérvia seguida de uma súbita indisposição foi divulgada pela televisão nacional RTS.
De acordo com a RTS, o líder sérvio, de 55 anos, colapsou na tarde de sexta-feira, horário local, e optou por voltar a casa após uma consulta médica. Vucic já tinha sido hospitalizado em 2019 devido a problemas cardiovasculares.
O jornal Blic, em Belgrado, informou que o gabinete presidencial irá disponibilizar mais detalhes sobre a situação nos dias seguintes. A visita de Vucic aos EUA, que começou na quarta-feira, incluía encontros programados com Trump, um dos quais estava previsto para a propriedade Mar-a-Lago, na Flórida.
Numa mensagem de vídeo, Vucic mencionou a importância das reuniões agendadas com altos representantes do Partido Republicano e autoridades do Estado. Além disso, numa conferência de imprensa, reafirmou a intenção de viajar para Moscovo após a visita aos EUA, para participar nas celebrações do 80.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi.
No entanto, a União Europeia alertou os líderes dos Estados candidatos e membros a não participarem nas cerimónias em Moscovo, dadas as tensões em torno da agressão russa à Ucrânia. A Sérvia é um país candidato à UE desde 2012.
Já em solo americano, Vucic teve a oportunidade de se encontrar com Rudy Giuliani, ex-advogado de Trump e ex-presidente da Câmara Municipal de Nova Iorque.
Em casa, o Presidente sérvio enfrenta crescentes pressões devido a protestos contínuos contra a corrupção, que começaram após uma tragédia na estação de Novi Sad em novembro de 2024, que resultou na morte de 16 pessoas. A oposição acusa-o de governar de forma autoritária, e Vucic atravessa a sua maior crise desde que assumiu o poder como primeiro-ministro em 2014, com manifestações diárias lideradas por académicos e estudantes a exigir respeito pelo Estado de direito.