Voos com atrasos: conheça os seus direitos após a desconvocação da greve
Apesar do fim da greve nos aeroportos, perturbações nos voos continuam a afetar passageiros. Descubra quais são os seus direitos em caso de atraso.
A recente desconvocação da greve nos aeroportos não apaga a realidade das perturbações nos voos. Em agosto de 2024, 37% dos passageiros que partiram de Portugal enfrentaram atrasos, segundo a AirHelp, um dado que evidencia a frequência desses problemas.
Embora as paralisações, como a que ocorreu na Menzies (ex-Groundforce), tenham complicado as viagens, é crucial que os passageiros estejam cientes da legislação da União Europeia que protege os seus direitos. "A elegibilidade para indemnizações varia bastante dependendo da origem das interrupções. Se a greve é promovida pelos trabalhadores da companhia aérea, as chances de receber uma compensação são mais elevadas. No entanto, se as contrariedades forem provocadas por prestadores de serviços externos, o processo pode tornar-se mais complicado", explicou Pedro Miguel Madaleno, advogado especializado em direitos dos passageiros aéreos, em declarações enviadas ao Notícias ao Minuto.
O especialista sugere ainda que, independentemente da situação, os passageiros devem registar todos os detalhes relevantes e procurar consultoria qualificada para assegurar que os seus direitos sejam respeitados.
Recentemente, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) anunciou a retirada do pré-aviso de greve à Menzies após um acordo com a administração da empresa, o que resulta no cancelamento de várias paralisações que estavam programadas. As greves anteriores, realizadas entre 25 a 28 de julho e 8 a 11 de agosto, visavam melhorias salariais e cumprimento de direitos laborais, incluindo o pagamento de horas noturnas. Com o novo entendimento, as greves previstas entre 15 a 18 de agosto e outras até 1 de setembro foram canceladas.