Um vídeo divulgado pelo Hamas apresenta um refém russo-israelita, aparentemente ferido. A gravação levanta preocupações sobre a sua condição e a situação do conflito em Gaza.
O grupo radical palestiniano Hamas, através das suas Brigadas Ezzeldin al-Qassam, lançou um vídeo que exibe um refém de origem russo-israelita, identificado como Maxim Herkin, detido na Faixa de Gaza e aparentemente ferido. A informação foi inicialmente avançada pela agência francesa AFP.
Na gravação, que tem uma duração superior a quatro minutos, Herkin é visto deitado, com o braço esquerdo e a cabeça ligados com ataduras impregnadas de uma substância castanha. Falando hebraico com um acento russo, o homem refere-se a si mesmo como "prisioneiro número 24" e sugere ter sido atingido durante um bombardeamento israelita.
Maxim Herkin, que está prestes a celebrar 37 anos, foi sequestrado no passado dia 7 de outubro, durante um festival de música na Israel, um evento que foi um dos alvos dos ataques do Hamas, que desencadearam a atual guerra na região. Antes do rapto, ele manteve contacto com a mãe, assegurando que estava "tudo bem" e que "estava a caminho de casa".
A sua família manifestou-se contra a divulgação do vídeo, pedindo que os meios de comunicação se abstenham de exibir as imagens.
É importante ressaltar que, conforme indicado pela AFP, o estado de saúde de Maxim não pode ser verificado, uma vez que todos os reféns que aparecem nos vídeos do Hamas o fazem sob pressão e coação.
Nos últimos meses, houve tentativas de prolongar uma trégua entre Israel e o Hamas, mas após o fim das negociações, Israel voltou a iniciar bombardeamentos aéreos e operações no terreno.
O ataque do passado 7 de outubro resultou na morte de 1.218 israelitas, a maioria civis, com 251 pessoas a serem raptadas nesse dia. Até ao momento, 58 dessas vítimas permanecem detidas em Gaza, com 34 delas já confirmadas como falecidas pelo exército israelita.
A resposta militar israelita provocou uma tragédia em Gaza, com estimativas de mais de 52.495 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde da região, considerados fiáveis pela ONU.