O Paquistão revelou que três civis, entre os quais uma criança, perderam a vida devido a ataques aéreos indianos, intensificando as tensões entre os dois países nucleares.
O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, confirmou à agência France-Presse (AFP) que três civis faleceram, incluindo uma criança, em resultado de ataques realizados pela Índia. O representante do governo paquistanês denunciou que a ofensiva indiana visou "alvos civis", enquanto a Índia defendeu que seus ataques se dirigiram a "infraestruturas terroristas" no Paquistão.
A Índia lançou uma série de ataques com mísseis em retaliação a um ataque ocorrido em 22 de abril, na Caxemira indiana, um incidente que já tinha motivado uma resposta militar por parte de Islamabad. O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, descreveu a ação indiana como um "ato de guerra", reafirmando o direito do seu país de se defender e prometendo uma "resposta forte".
Shehbaz Sharif expressou o apoio unânime das Forças Armadas do Paquistão, enfatizando que "a nação paquistanesa tem a capacidade de lidar com o inimigo". A televisão estatal também reportou que a força aérea do Paquistão abateu dois jatos indianos após o referido ataque.
O ministro da Informação, Ataullah Tarar, anunciou a convocação do Comitê de Segurança Nacional para quarta-feira, um órgão que reúne altos responsáveis civis e militares em situações críticas. Em resposta às ações indiana, o comitê tinha já implementado sanções diplomáticas na semana anterior.
Os ataques indianos focaram em nove alvos em território paquistanês, incluindo cidades como Bahawalpur e Muzaffarabad. Este aumento das hostilidades ocorre após um incidente em que 26 pessoas foram mortas na Caxemira indiana, gerando preocupações sobre um potencial conflito abrangente entre as duas potências nucleares.
A Índia, que detém o título de país mais populoso do mundo, e o Paquistão, com uma população significativa, ambos equipados com armamento nuclear e forças armadas robustas, continuam a navegar um caminho de tensão crescente.