Despedimentos na Universidade de Columbia: 180 Investigadores Afetados por Cortes Federais

A Universidade de Columbia, localizada em Nova Iorque, enfrenta uma crise significativa com o despedimento de 180 investigadores. Esta decisão surge na sequência de cortes de financiamento de 400 milhões de dólares anunciados pelo governo de Donald Trump, que tem vindo a intensificar uma ofensiva contra instituições académicas tidas como demasiado progressistas.

O ex-presidente, conhecido pelo seu apoio a Israel, acusou universidades prestigiadas como Columbia e Harvard de promoverem antissemitismo, especialmente em relação aos protestos contra a situação na Faixa de Gaza, que têm ocorrido nos seus campi.

Em março, o governo federal aplicou um corte de 400 milhões de dólares à universidade, sendo 250 milhões na área da saúde. Na passada terça-feira, a direção da instituição comunicou que se viu forçada a tomar “decisões difíceis” com o intuito de manter as suas “capacidades de investigação”.

O comunicado revela que, lamentavelmente, “cerca de 180 dos nossos colegas que desempenhavam funções em projetos de investigação financiados por verbas federais não renovadas receberam notificações de despedimento.” Este número representa aproximadamente 20% dos colaboradores envolvidos nesses projetos.

A universidade não partilhou informações sobre a identidade dos investigadores afetados nem sobre os projetos que sofreram impacto. De acordo com relatórios, as receitas de Columbia em 2024 alcançaram os 6,6 mil milhões de dólares, dos quais 1,3 mil milhões provieram de "ajudas governamentais".

Em contraste, a Universidade de Harvard também enfrenta dificuldades, com a secretária da Educação, Linda McMahon, a afirmar que a instituição será privada de financiamento federal. Desde que Trump iniciou esta campanha contra as universidades, várias nações, incluindo França e membros da União Europeia, estão a tentar acolher investigadores e cientistas ameaçados nos EUA.