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Trump dá luz verde à comercialização de gatilhos que aceleram disparos

há 5 horas

O governo de Trump autoriza a venda de gatilhos que aumentam a cadência de tiro, revogando uma proibição antiga. Críticos alertam para o aumento da violência armada.

Trump dá luz verde à comercialização de gatilhos que aceleram disparos

O governo de Donald Trump acaba de oficializar a autorização para a comercialização de gatilhos de reinício forçado, um componente que permite que as armas disparem num ritmo mais rápido. O anúncio foi feito pelo Departamento de Justiça, que sublinhou que estes dispositivos, que funcionam de forma semelhante a uma metralhadora, estavam proibidos no mercado norte-americano durante vários anos.

A nova política inclui também a possibilidade de devolução dos dispositivos que haviam sido confiscados anteriormente.

Considerando que esta alteração representa uma mudança significativa na abordagem à Segunda Emenda sob a administração republicana, a agência noticiosa AP alerta que poderá comprometer várias regulamentações que o governo do ex-presidente Joe Biden procurou implementar para reduzir a violência armada.

A procuradora-geral Pam Bondi afirmou em comunicado: "Este Departamento de Justiça acredita que a Segunda Emenda não deve ser tratada como um direito de segunda classe."

As reações de ativistas que apoiam o controlo de armas foram imediatas, com Vanessa Gonzalez, vice-presidente do GIFFORDS, a declarar: "O governo Trump acaba de legalizar efetivamente as metralhadoras. Vidas estarão em risco."

O tema dos gatilhos de reinício forçado tem sido motivo de disputas legais acesas, uma vez que estes dispositivos substituem os gatilhos convencionais. O governo anterior sustentou que esses componentes eram dispositivos de conversão para metralhadoras, uma vez que a pressão contínua dos dedos mantém a arma a disparar como uma automática.

O acordo foi firmado entre o Departamento de Justiça e a Rare Breed Triggers, que anteriormente contava com a representação de David Warrington, atual conselheiro de Trump na Casa Branca. A Rare Breed Triggers argumentou que a ATF (Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos) cometeu um erro ao classificar o componente e ignorou as normas relativas à sua venda antes de um processo cobrado pelo governo Biden.

Lawrence DeMonico, presidente da Rare Breed, comentou: "Esta vitória é um marco na luta contra a intervenção desenfreada do governo."

O Departamento de Justiça destacou que, em contrapartida, a Rare Breed Triggers concordou em não desenvolver novos dispositivos, assegurando que a ATF deve devolver os gatilhos que haviam sido apreendidos ou que foram entregues voluntariamente.

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#ControleDeArmas #ViolenciaArmada #DireitosConstitucionais