Trocas de Opiniões sobre a Ucrânia Focam-se no Cessar-Fogo

A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, clarificaram hoje, em Roma, que a possibilidade de mobilizar tropas para a Ucrânia não está a ser discutida.

Durante uma conferência de imprensa conjunta, Merz declarou: "Não há qualquer debate sobre o envio de tropas para a Ucrânia. Essa ideia não faz parte da nossa realidade política actual, e não há razões para falarmos sobre isso neste momento", conforme reportado pela agência EFE.

O chanceler alemão encontra-se em Itália para participar na missa que assinala o início do pontificado do Papa Leão XIV, prevista para domingo no Vaticano. Durante a conferência, Merz enfatizou a necessidade de focar esforços na resolução do conflito: "Estamos comprometidos em alcançar um cessar-fogo; queremos o silêncio das armas".

Meloni também corroborou esta posição, afirmando que a questão dos soldados já não está em discussão. "A situação relativa ao envio de tropas parece ter perdido relevância. Agora, estamos dispostos a colaborar em qualquer formato que possa ser útil", explicou.

A primeira-ministra italiana salientou que as prioridades passam por "continuar a apoiar a Ucrânia na sua defesa" e garantir-lhe "seguranças contra a Rússia". Ao ser questionada por jornalistas, Meloni reiterou o seu ceticismo quanto à eficácia do envio de tropas: "Já expressei diversas vezes as minhas reservas sobre a utilidade de tal medida, particularmente agora que estamos todos a trabalhar para um cessar-fogo incondicional".

A invasão militar russa à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, desencadeou na Europa uma das crises de segurança mais sérias desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).