A ANTEM exprime pesar pela morte de uma mulher que dependia de ventilação mecânica e questiona a eficiência do sistema de emergência em situações críticas.
A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) manifestou hoje a sua profunda tristeza pela morte de uma mulher septuagenária que necessitava de ventilação mecânica e que, segundo relatos, faleceu durante o apagão ocorrido no passado dia 28 de abril. A associação levantou questões sobre a falta de mecanismos de redundância em situações de falha no fornecimento de eletricidade.
"Quem é responsável por garantir que haja soluções de emergência eficazes para aqueles que dependem de equipamentos vitais?", questiona a ANTEM numa nota pública. Este caso foi inicialmente noticiado pela RTP, que reportou que a mulher de 77 anos, ventilada em casa, morreu em decorrência da falta de energia durante o apagão.
Na sequência dos acontecimentos, o Ministério da Saúde anunciou a abertura de uma investigação sobre as circunstâncias que rodeiam a morte da mulher. A ministra da Saúde, ao tomar conhecimento deste trágico caso, solicitou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) uma auditoria detalhada.
A ANTEM exige uma análise aprofundada do que levou a esta situação e questiona como o sistema de comunicações de emergência nacional pode falhar em momentos críticos. "É nos instantes iniciais de uma emergência que a resposta é crucial", afirmam, sublinhando a importância da formação adequada para os bombeiros, que são muitas vezes os primeiros a responder.
Além disso, a associação destaca a necessidade de esclarecer o tempo de chegada da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMRT), que, segundo o INEM, demorou quase 40 minutos a chegar ao local do incidente. "Esta atraso justifica uma investigação a fundo e a responsabilização de todos os envolvidos", conclui a ANTEM, esperando que este caso não seja esquecido e que as devidas responsabilizações sejam tomadas.