Tempestades no Paquistão causam luto: 739 vítimas em monções devastadoras
Desde o início da época das monções, o Paquistão regista 739 mortes, com 32 nas últimas horas. Karachi paralisada e danos massivos nas infraestruturas são as trágicas consequências.

As monções no Paquistão têm provocado uma tragédia sem precedentes, com o número de mortos a atingir 739 desde o início da temporada. Um relatório recente da autoridade de gestão de desastres do país revela que 32 das vítimas foram registadas apenas nas últimas horas.
Além das vidas perdidas, cerca de 958 pessoas ficaram feridas devido às intensas chuvas que têm assolado a nação. Karachi, a maior cidade e centro financeiro do Paquistão, enfrenta agora uma paralisia, com as ruas submersas e centenas de veículos encalhados. Esta situação crítica levou o governo provincial de Sindh a declarar um feriado público para evitar deslocações desnecessárias.
Infelizmente, os serviços de emergência confirmaram à agência Efe que pelo menos 10 pessoas perderam a vida em Karachi em consequência de afogamento, eletrocussão e quedas de muros. Apesar de a crise humanitária se concentrar no sul, a província de Khyber Pakhtunkhwa, situada no noroeste do país, é a mais afetada, contabilizando 437 mortes.
As equipas de socorro continuam as operações de busca por mais de 100 pessoas que se encontram desaparecidas após as inundações que ocorreram durante o fim de semana. Além das vidas em risco, o impacto das chuvas tem sido devastador: cerca de 3.000 casas foram danificadas ou destruídas, mais de mil cabeças de gado perderam-se, e 450 quilómetros de estradas e 152 pontes foram severamente afetadas.
O Paquistão, que é o quinto país mais populoso do mundo, enfrenta desafios adicionais, pois está entre os mais vulneráveis às consequências das alterações climáticas.