Encontro Putin-Zelensky em breve? Europa como potencial palco das negociações

As conversações sobre um possível encontro entre Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, e Vladimir Putin, presidente da Rússia, estão a intensificar-se, com a Europa a surgir como um local viável. Embora ainda não haja uma data definida, os líderes europeus começam a pressionar neste sentido.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, foi o primeiro a sugerir que uma "reunião tripartida" pudesse acontecer na Europa, logo após um encontro entre Donald Trump e Putin, e antes da cimeira entre os líderes europeus em Washington. Em declarações a canais de televisão alemães, Merz afirmou: "A data e o local ainda serão determinados. Propusemos que a reunião pudesse ser na Europa".

Na sequência, o presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou a ideia, indicando que Genebra, na Suíça, poderia ser um local adequado para o encontro, considerando-a uma escolha neutra. "Mais do que uma hipótese, é mesmo a vontade coletiva", sublinhou Macron.

A Suíça já se disponibilizou para conceder imunidade a Putin, mesmo com o mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI), caso o presidente russo compareça para uma conferência de paz. De igual modo, a Áustria manifestou abertura para acolher as negociações, com o chanceler Christian Stocker a mencionar que, se realizado em Viena, se contactaria o TPI para facilitar a participação de Putin.

Essas declarações surgem após um encontro em Washington com a presença de líderes internacionais, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. A possibilidade de Budapeste, na Hungria, também está em discussão, com fontes próximas ao governo dos EUA sugerindo essa cidade como um potencial local para uma reunião trilateral.

Recentemente, Putin expressou a Trump a intenção de organizar uma reunião com Zelensky em Moscovo, ao que o presidente ucraniano respondeu negativamente. As conversações sobre um encontro surgiram após a Cimeira do Alasca, onde a guerra na Ucrânia foi discutida, mas sem resultados concretos.

A Rússia tem insistido em condições que incluem a cedência de quatro regiões da Ucrânia, juntamente com a Crimeia, como pré-requisito para um cessar-fogo, algo que a Ucrânia e os seus aliados consideram inaceitável.