Sylvester Stallone, Gloria Gaynor e outros homenageados no Kennedy Center com Trump na presidência

No âmbito da cerimónia anual Kennedy Center Honors, que este ano se realiza pela primeira vez sob a presidência de Donald Trump, foram anunciados os nomeados que incluem o famoso ator Sylvester Stallone, conhecido pelo seu papel em 'Rambo', a icónica cantora Gloria Gaynor, famosa pela sua canção 'I Will Survive', e a prestigiada banda de rock Kiss. Juntam-se a estes nomes o cantor de country George Strait e o ator Michael Crawford.

Esta revelação, feita na quarta-feira, 13 de agosto, marca a primeira entrega de prémios desde que Trump assumiu a presidência do Kennedy Center, numa mudança que também envolveu a substituição de alguns membros da administração por apoiantes do ex-presidente.

Durante o anúncio, Trump declarou a intenção de "renovar completamente" a infraestrutura do centro cultural, prometendo transformá-lo numa verdadeira "joia da coroa" das artes e da cultura nos Estados Unidos. "Vamos levá-lo a um nível mais alto do que alguma vez atingiu", acrescentou, referindo ainda que o Kennedy Center estará envolvido nas celebrações do 250.º aniversário dos EUA no próximo ano.

Além disso, a instituição teve de cancelar um concerto com o Gay Men's Chorus of Washington, D.C., mostrado sinais de tensão com o seu novo direcionamento sob a liderança de Trump. O presidente também comentou sobre a possibilidade de renomear o centro, afirmando que está a ser feito um esforço para restaurar o espaço à sua antiga glória.

A escolha dos homenageados levantou questões, uma vez que, tradicionalmente, um comité consultivo bipartidário seleciona os premiados, mas Trump manifestou vontade de ter uma participação mais direta neste processo.

Desde a sua criação em 1978, as distinções do Kennedy Center têm sido entregues a artistas independentemente da orientação política dos presidentes. No entanto, durante o mandato de Trump, o centro não contou com a sua presença nas cerimónias após uma recusa de várias figuras da arte e do entretenimento em participar, em protesto contra as suas políticas.

Com a nova administração, a postura em relação ao Kennedy Center parece ter mudado, refletindo uma tentativa de recuperar a ligação do ex-presidente com o mundo das artes, algo que é recordado até nas décadas de 1960, quando líderes anteriores apoiaram a formação do centro.