Sonda Tianwen-2 da China captura imagens impressionantes da Terra e da Lua a 590 mil quilómetros

A Administração Nacional do Espaço da China (CNSA) apresentou recentemente novas imagens da Terra e da Lua, captadas pela sonda Tianwen-2, que estava a 590.000 quilómetros da nossa planetário. Segundo a agência espacial chinesa, as imagens foram transmitidas para a Terra e processadas por especialistas.

A sonda Tianwen-2 já está em órbita há 32 dias e encontra-se agora a mais de 12 milhões de quilómetros do planeta, com todos os sistemas operacionais a funcionar de forma eficaz. Esta missão é um marco significativo para o programa espacial chinês, sendo a primeira que visa a recolha de amostras de um asteroide e o seu regresso a casa.

O projeto é altamente ambicioso com uma duração estimada em mais de uma década e incluirá a exploração do cometa 311P, localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Na fase inicial da missão, a sonda dirigirá-se para o asteroide 2016HO3, também conhecido como 469219 Kamo'oalewa, que está classificado como um quase-satélite da Terra devido à sua órbita próxima.

De acordo com o plano de missão, a sonda levará cerca de um ano para atingir o seu primeiro destino. Após a chegada, realizarão manobras para se aproximar e identificará a melhor área para a recolha de amostras. Terminado este processo, a nave regressará perto da Terra, onde uma cápsula separada será responsável por trazer as amostras para análise, o que está previsto para o final de 2027. Após essa etapa, a sonda seguirá em direção ao cometa 311P, que se encontra a aproximadamente 300 milhões de quilómetros do nosso planeta.

Este ambicioso projeto integra-se no robusto programa espacial chinês, que já se destacou com feitos notáveis, como o pouso da sonda Chang'e 4 na face oculta da Lua e a chegada a Marte, consolidando a China como a terceira nação a alcançar esse feito, após a antiga União Soviética e os Estados Unidos.