Senador norte-americano apela a total transparência sobre o caso Epstein
John Thune, líder da Maioria no Senado dos EUA, defende a completa divulgação dos arquivos do caso Epstein, reiterando a necessidade de transparência nas investigações.

Na passada quinta-feira, John Thune, que ocupa o cargo de líder da Maioria no Senado norte-americano, expressou seu apoio à "divulgação completa" dos documentos relacionados ao 'caso Epstein'. Thune sublinhou a importância de uma maior "transparência em torno do assunto".
“Num momento, teremos que encontrar uma solução. Todos queremos que a justiça prevaleça, e é fundamental que haja uma total abertura a respeito deste caso”, afirmou Thune.
Apesar de enfatizar a sua crença na transparência, o líder do Senado também declarou que tanto o presidente Donald Trump quanto a procuradora Pam Bondi "tomarão as decisões corretas".
O presidente da Câmara dos Representantes também manifestou a sua adesão a essa perspectiva, ressaltando em um podcast, na terça-feira, a necessidade de abordar a questão de maneira honesta: “É um tópico sensível, mas deve-se trazer tudo à luz e permitir que o público decida”.
Segundo o New York Post, há um descontentamento generalizado entre os americanos em relação à forma como a administração de Trump tem lidado com o caso Epstein.
A situação tornou-se ainda mais tensa, uma vez que Trump mostrou-se irritado com a prolongada discussão sobre Epstein, pedindo que deixem a procuradora Bondi "fazer o seu trabalho", insinuando que ela determinará o que deve ser divulgado.
Pessoas ligadas ao movimento MAGA têm feito pressão há muito tempo para que o governo revele documentos supostamente retidos.
A reação de apoiantes de Trump não se fez esperar, com indignação em relação à investigação que concluiu que Jeffrey Epstein, o banqueiro acusado de tráfico sexual, não possuía uma "lista de clientes" que chantageava.
No retorno de Trump ao poder, em janeiro, a sua administração prometeu lidar de forma repugnante com este caso, mas em um memorando conjunto publicado no dia 7 de julho, tanto o Departamento de Justiça quanto o FBI rejeitaram teorias de conspiração, confirmando que Epstein morreu por suicídio em uma prisão de Nova Iorque e que não encontraram qualquer lista de clientes durante a revisão do caso, provocando uma enxurrada de reações nas redes sociais.
O conservador Tucker Carlson, na época pivot da Fox News, acusou o Departamento de Justiça de pretender esconder a verdade e desrespeitar a confiança do público. No último sábado, Trump, na sua plataforma Truth Social, pediu aos seus seguidores para não perderem tempo com Epstein, aludindo que "ninguém se preocupa com isso", mas recebeu críticas nas suas postagens.
Jeffrey Epstein foi detido no dia 6 de julho de 2019, sob acusações de tráfico sexual, sendo encontrado morto na prisão no dia 10 de agosto. Ele enfrentava alegações de ter orquestrado um esquema para explorar sexualmente várias menores em sua mansão em Nova Iorque e numa outra na Flórida. Recentemente, as investigações confirmaram que a sua morte foi resultado de suicídio, marcando a primeira oficialização das negações acerca de uma lista de figuras proeminentes ligadas ao seu caso.