Seis Novas Detenções em Angola Relacionadas a Tumultos de Julho
Autoridades angolanas detiveram mais seis indivíduos, incluindo líderes de associações de taxistas e um jornalista, por crimes a incluir incitação à violência e associação criminosa.
As autoridades de Angola anunciaram a detenção de mais seis pessoas, entre as quais se destacam três dirigentes de associações de taxistas e um jornalista. Esta ação levou a cabo pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) resulta de uma investigação que apura crimes de associação criminosa, incitação à violência, terrorismo e falsificação de documentos.
Os detidos incluem os presidentes da Associação dos Taxistas e Lotadores (ATLA), da Associação dos Brigadistas de Paragem de Táxi (ABTAX) e da Cooperativa Dois PN (2PN). Segundo o SIC, estes indivíduos estão envolvidos em atos de vandalismo e arruaça que ocorreram no final de julho, os quais resultaram em destruição de bens públicos e privados.
Entre as detenções realizadas na quarta e quinta-feira, também se encontra um agente de vendas online, um professor e outro jornalista, todos acusados de crimes relacionados com a associação criminosa e terrorismo. O SIC destaca a forte evidência da disseminação de informações enganosas nas redes sociais, que promoviam manifestações e pilhagens, como parte das suas atividades.
A nota do SIC sublinha que estas detenções são um desdobramento de uma investigação metódica que revelou a participação direta destes cidadãos nos acontecimentos. Todos os detidos irão ser apresentados ao Ministério Público para os procedimentos legais adequados.
Nas semanas anteriores, o SIC já tinha realizado várias detenções, incluindo a de dois cidadãos russos e outros líderes de associações de táxis, que foram apontados como promotores de uma greve de três dias no sector, marcada por episódios de vandalismo e destruição. Os tumultos, com epicentro em Luanda, levaram um balanço trágico de 30 vítimas mortais, entre as quais um polícias, além de 277 feridos e mais de 1.500 detenções.
A sequência de detenções continua, após a primeira eficácia que foi a do vice-presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA), seguida pela do seu presidente e outros responsáveis de associações de táxis.