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Seis nações europeias reprimem ambições militares de Israel em Gaza

há 14 horas

Seis países europeus expressaram uma forte condenação ao plano de Israel para Gaza, reafirmando que a região faz parte do Estado da Palestina e se opõem a qualquer deslocação forçada da população.

Seis nações europeias reprimem ambições militares de Israel em Gaza

Seis nações europeias, nomeadamente Espanha, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Noruega e Eslovénia, emitiram hoje uma declaração conjunta denunciando o recente plano de Israel para expandir as suas operações militares em Gaza. Os ministros dos Negócios Estrangeiros manifestaram a sua "grande preocupação" com o anúncio que inclui a intenção de "estabelecer uma presença israelita prolongada" neste território considerado, por eles, "parte integrante do Estado da Palestina".

No comunicado, os seis governantes alertam que tal ação "excederia mais um limite, marcando uma nova e perigosa escalada" e colocando em risco qualquer possibilidade de um acordo viável para a criação de dois Estados, Israel e Palestina. Desta forma, afirmam que "uma nova escalada militar em Gaza só irá agravar a situação já devastadora" enfrentada pela população civil palestiniana, além de ameaçar a vida dos reféns mantidos pelo Hamas.

A declaração expressa a firme rejeição a qualquer mudança demográfica ou territorial em Gaza, denunciando planos que possam forçar ou facilitar a deslocação permanente da população local. Este tipo de ação é considerado uma violação do Direito Internacional. Além disso, os ministros exigem que os princípios humanitários sejam respeitados, abordando a necessidade de garantir que todos os civis tenham acesso à ajuda humanitária, sem discriminação.

Os países afirmam ainda que Israel impediu o acesso à ajuda humanitária na Gaza nos últimos dois meses e apelam ao governo israelita para "levantar imediatamente o bloqueio", reiterando a importância da assistência humanitária. A declaração conclui que é mais urgente do que nunca restabelecer um cessar-fogo em Gaza e libertar incondicionalmente todos os reféns capturados em outubro de 2023 durante um ataque em território israelita.

Esta posição foi tomada após a divulgação, na segunda-feira, de um novo plano militar por parte do governo israelita que inclui a "conquista" da Faixa de Gaza e o deslocamento em larga escala da população local. O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, fez declarações alarmantes sobre a total destruição de Gaza, envolvendo a possibilidade de que a população desplazada busque refúgio em outros países.

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#Gaza #DireitosHumanos #PazNoOrienteMédio