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Rutte provoca reação de Medvedev sobre Rússia, China e a NATO

O secretário-geral da NATO sugere que a China pode usar a Rússia para desviar atenções de um possível ataque a Taiwan, enquanto Medvedev critica as suas declarações, referindo a exageros do líder neerlandês.

06/07/2025 23:40
Rutte provoca reação de Medvedev sobre Rússia, China e a NATO

No passado sábado, Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente do país, reagiu a declarações de Mark Rutte, secretário-geral da NATO, onde este expressou a possibilidade de uma aliança entre a China e a Rússia no contexto de uma crise em Taiwan. Medvedev, com humor ácido, afirmou que Rutte “exagerou na dose dos cogumelos mágicos tão apreciados pelos neerlandeses”.

Em uma entrevista ao The New York Times, Rutte sugeriu que, caso a China decidisse invadir Taiwan, poderia pedir a Moscovo que atacasse países da NATO como forma de distrair a atenção ocidental. “Se Xi Jinping atacasse Taiwan, ele provavelmente contactaria Putin para que a Rússia mantivesse os aliados europeus ocupados”, refletiu Rutte.

O secretário-geral da NATO também abordou a necessidade de aumentar os investimentos na defesa, alertando que para evitar uma ameaça russa à Europa, a aliança precisa ser mais forte. Para tal, concordou que a NATO deve investir 5% do PIB na defesa até 2035, conforme acordado em cimeira recente.

Medvedev, por sua vez, respondeu que Rutte estava correto em um ponto: “Ele deveria aprender russo, pois isso pode ser útil num futuro campo siberiano”, provocou, em um tom que combina ironia e crítica à perspetiva de aliança entre Pequim e Moscovo.

O aumento do investimento na defesa é uma estratégia vital para os 32 países da NATO, que têm reconhecido a necessidade de estar preparados para desafios de segurança emergentes, particularmente a longo prazo em relação à Rússia, como evidenciado nos recentes acordos de cimeira em Haia.

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