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Rússia pronta para o diálogo, à espera de um sinal de Kyiv

há 3 horas

O Kremlin afirma estar preparado para iniciar negociações de paz sem condições prévias, aguardando um movimento efetivo da Ucrânia. Declarações de Trump e Rubio marcam o cenário.

Rússia pronta para o diálogo, à espera de um sinal de Kyiv

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou hoje que a Rússia está disposta a iniciar conversações de paz com a Ucrânia sem impor pré-condições, mas o primeiro movimento deve partir de Kyiv. A declaração surge num contexto marcado por intensos debates internacionais.

Segundo a imprensa estatal, a posição russa foi enfatizada após o presidente dos EUA, Donald Trump, questionar a disposição de Vladimir Putin em pôr fim à ofensiva. Peskov deixou claro que o "sinal" para as negociações precisa vir da Ucrânia, pois, apesar das condições afirmadas, "ainda existe uma proibição legal e nenhuma ação concreta foi observada".

No panorama internacional, Trump manifestou a sua convicção de que Kyiv estaria disposta a abandonar a reivindicação da península da Crimeia, território ocupado pela Rússia desde 2014, numa semana determinante para as negociações. Embora o governo ucraniano continue a rejeitar essa hipótese, o líder norte-americano sugeriu que Volodymyr Zelensky poderá repensar a sua posição.

Em declarações adicionais, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou durante um programa da NBC que um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia se encontra "mais próximo do que em qualquer outro momento nos últimos três anos", embora ainda não se tenha alcançado um consenso. Rubio referiu, ainda, haver motivos para tanto otimismo como preocupação face ao atual estado das negociações.

Curiosamente, num ambiente de crescente tensão, Zelensky e Trump compareceram ao funeral do Papa Francisco na Praça de São Pedro, após terem mantido um encontro privado na basílica, considerado "muito produtivo" pela Casa Branca. Pouco depois, Trump ameaçou impor novas sanções a Putin, acusando-o de ser responsável pelo elevado número de vítimas na Ucrânia e de não querer pôr fim ao conflito.

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#Diplomacia #ConflitoUcraniano #Geopolítica