Rússia derruba 155 drones ucranianos em resposta a ataques aéreos
As forças russas confirmaram a destruição de 155 drones ucranianos durante a noite, após um dos ataques resultar na morte de um civil na região de Lipetsk.

As autoridades russas reportaram que, na última noite, abbateram um total de 155 drones não tripulados de origem ucraniana. O Ministério da Defesa da Rússia revelou, através da plataforma Telegram, que o sistema de defesa aérea interceptou e neutralizou essas aeronaves, com 53 dos drones abatidos apenas na região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia.
Uma trágica ocorrência foi registrada na região de Lipetsk, onde um drone provocou a morte de um residente local. O governador Igor Artamonov informou que o impacto ocorreu num terreno de uma empresa agrícola no distrito de Khlevensky, a cerca de 400 quilómetros ao sul de Moscovo, causando ainda um incêndio.
As forças ucranianas têm realizado ataques aéreos frequentes na Rússia, enquanto as tropas russas não cessam os bombardeios a cidades ucranianas, no contexto da ofensiva que se iniciou em fevereiro de 2022.
Esses recentes ataques ucranianos com drones coincidem com o início da IV Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia, que teve lugar em Roma, sob a co-presidência da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Na quinta-feira, também se realizou uma reunião no Reino Unido, envolvendo aliados de Kiev, que reafirmaram o compromisso de apoiar a Ucrânia e de contribuir para uma eventual força de manutenção de paz após um cessar-fogo. A reunião foi co-presidida pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o Presidente francês, Emmanuel Macron.
Na mesma data, por videoconferência, participaram o enviado dos EUA para a Ucrânia, Keith Kellogg, e os senadores Lindsay Graham e Richard Blumenthal, os quais defenderam a adoção de novas sanções contra a Rússia.
O novo pacote bipartidário de sanções norte-americanas tem uma proposta de tarifa de 500% sobre produtos importados de países que continuam a adquirir petróleo, gás e outros recursos russos, visando particularmente nações como a China e a Índia.
Os senadores expressaram a expectativa de que a legislação seja votada no Senado antes do recesso de agosto, ressaltando que estas medidas darão ao Presidente dos EUA, Donald Trump, a capacidade necessária para pressionar Vladimir Putin a encerrar o conflito.