O líder da IL censura o secretário-geral do PS por se aliar a ex-membros das FP-25 e por sugestões de nacionalizações, considerando isso um comportamento radical.
Durante uma visita a uma unidade de produção de microalgas e sal marinho em Olhão, Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal (IL), teceu críticas ao secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos. Rocha chamou a atenção para o impacto da sua política, afirmando que "o que realmente é explosivo é a postura de Pedro Nuno Santos ao negociar com o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista (PCP) durante a 'geringonça'.
Para ele, os acordos alcançados incluiram a promoção de figuras ligadas a eventos passados como os das Forças Populares 25 de Abril (FP-25), uma organização armada de extrema-esquerda. "O BE, ao apresentar nas suas listas ex-membros das FP-25, eleva o lado radical da política", reforçou Rui Rocha.
Além disso, o líder da IL criticou as propostas do PS, mencionando a proposta de um "pacote de nacionalizações" e a possibilidade de Portugal se afastar da NATO, o que Rocha interpreta como verdadeiramente radical e explosivo. "Se Pedro Nuno Santos quer dialogar de forma séria, é imprescindível que analise a gravidade de se entender com partidos que possuem um passado ligado ao terrorismo", desafiou.
Vale lembrar que as FP-25, formadas em abril de 1980, estiveram ativamente envolvidas em diversos atentados e crimes até ao seu desmantelamento em 1987, resultando em 13 mortes e inúmeras ações violentas. Em 1996, foi aprovada uma amnistia para os seus membros, excluindo os responsáveis por "crimes de sangue".