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Robô realiza cirurgia autónoma pela primeira vez: uma revolução tecnológica

Um robô inova ao executar uma cirurgia complexa sem auxílio humano, demonstrando capacidades que podem transformar a robótica médica, segundo um estudo da Universidade Johns Hopkins.

09/07/2025 21:20
Robô realiza cirurgia autónoma pela primeira vez: uma revolução tecnológica

Um marco na robótica cirúrgica foi alcançado com a primeira cirurgia autónoma realizada por um robô, que operou um modelo realista de paciente sem intervenção humana. Este feito foi revelado em um estudo publicado na revista Science Robotics, liderado por investigadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA.

O robô, treinado através de vídeos de operações, foi responsável pela remoção da vesícula biliar, tendo demonstrado um desempenho de excelência ao se adaptar a situações inesperadas, como um cirurgião em fase de aprendizagem. "O robô atuou com a destreza de um especialista humano, mesmo em contextos críticos", afirmam os investigadores.

Designado como Surgical Robot Transformer-Hierarchy (SRT-H), este robô executou a cirurgia de forma autónoma, adaptando-se às particularidades anatómicas do paciente ao tomar decisões em tempo real e corrigindo-se quando necessário. Com uma infraestrutura de aprendizagem automática similar à usada no sistema de inteligência artificial ChatGPT, o SRT-H interage com comandos de voz, por exemplo, "agarrar a cabeça da vesícula biliar", demonstrando a sua capacidade de autoaprimoramento.

O especialista em robótica médica Axel Krieger enfatiza que este avanço representa uma transformação significativa no campo, passando de robôs que realizam tarefas específicas para máquinas que realmente compreendem os procedimentos cirúrgicos.

Krieger elucidou que este desenvolvimento marca um passo importante rumo à criação de sistemas cirúrgicos autónomos clinicamente válidos, capazes de enfrentar os desafios do ambiente de cuidados ao paciente.

O SRT-H aprendeu a realizar a remoção da vesícula biliar, que implica 17 tarefas complexas, através da análise de vídeos de cirurgias realizadas na Johns Hopkins, onde cada passo é descrito. Apesar de ter levado mais tempo que um cirurgião humano para completar a cirurgia, os resultados obtidos foram idênticos, conforme indicado no comunicado da universidade.

"Isso comprova que é viável realizar cirurgias complexas de forma autónoma", comentou Krieger, sublinhando a importância desse progresso. Para continuar a evolução do sistema, a equipe pretende treinar e testar o robô em diversos tipos de cirurgias, almejando a plena autonomia em operações futuras.

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