Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, e He Lifeng, vice-primeiro-ministro da China, vão discutir na Suíça a redução de tarifas e a tensão nas relações comerciais.
Nos próximos dias, representantes dos Estados Unidos e da China estarão reunidos na Suíça para abordar questões que envolvem as elevadas tarifas aduaneiras impostas nos últimos meses. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, expressou otimismo em relação a "discussões produtivas que possam reequilibrar o sistema económico internacional de forma a beneficiar os interesses dos Estados Unidos".
As negociações estão agendadas para este fim de semana, com Bessent e o representante comercial Jamieson Greer a encontrarem-se com os seus homólogos chineses, conforme anunciado pelo Departamento do Tesouro. Bessent, em declarações à Fox News, indicou que o foco das conversas será principalmente a redução das tensões, em vez de um grande acordo comercial.
A guerra comercial entre os dois países teve início em abril, resultando em tarifas de até 145% sobre produtos chineses e taxas de 125% sobre bens norte-americanos. O clima de incerteza tem levantado preocupações no mercado dos EUA sobre o impacto destas tarifas nos preços e na disponibilidade de produtos.
Os representantes vão ainda ter reuniões com a Presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter. O Ministério do Comércio chinês confirmou o encontro entre Bessent e He Lifeng, detalhando que a China avaliou cuidadosamente a situação antes de decidir entrar em contacto.
A visita do vice-primeiro-ministro chinês à Suíça decorre de um convite do governo suíço, e surge depois de a China ter publicamente reconhecido que está a considerar uma proposta dos EUA para dialogar sobre as tarifas.
Recentemente, o Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o país ainda não se reuniu voltado para a discussão de tarifas, apesar de ter mencionado conversas anteriores. "Eles querem negociar, e nós iremos reunir-nos com eles no momento certo", assegurou Trump.
Trump também revelou que está a tratar as negociações comerciais de forma "amigável", insistindo que as medidas são necessárias para proteger os interesses comerciais dos EUA. O líder norte-americano enfatizou que Washington estará aberto à assinatura de acordos, desde que se respeitem os interesses económicos americanos.