Relação entre o Tipo Sanguíneo e o Cancro do Estômago
Investigação revela que tipos de sangue A e AB estão associados a um maior risco de cancro do estômago. Conhecer o seu tipo sanguíneo pode ser crucial para a saúde.

O tipo de sangue é um indicador importante da saúde e pode influenciar riscos associados a várias doenças, incluindo o cancro do estômago. Pesquisas destacam que os grupos sanguíneos A e AB estão mais propensos a desenvolver esta forma de cancro, o que torna essencial a vigilância e a prevenção.
Segundo informações do ‘website’ da Liga Portuguesa Contra o Cancro, o cancro gástrico pode surgir em qualquer parte do estômago e tem a capacidade de se espalhar para outras áreas do organismo, como o esófago ou o intestino delgado.
Um estudo publicado na BMC Cancer, citado pelo ‘website’ Health Digest, revelou que indivíduos com tipo sanguíneo A têm 13% mais probabilidade de desenvolver cancro do estômago em comparação com aqueles do tipo O. Já os do tipo AB apresentam um risco 18% superior. A pesquisa reuniu dados de mais de 40 estudos, confirmando que o grupo A tem um risco 19% maior, enquanto o AB apresenta um risco ligeiramente inferior de 9% em comparação aos tipos O e B.
A ligação entre o tipo sanguíneo e o cancro do estômago pode ser explicada por diferenças biológicas, como a forma como o corpo reage a inflamações e como o sistema imunitário detecta células cancerígenas. O ‘website’ Health Health indica que os portadores do tipo A produzem menos ácido estomacal e são mais suscetíveis à bactéria Helicobacter pylori, um conhecido fator de risco para este tipo de cancro.
Além do estômago, o tipo sanguíneo pode também estar ligado ao cancro do pâncreas. Uma investigação da revista Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention revelou que pessoas com tipo O têm maior probabilidade de serem diagnosticadas. Além disso, o estudo indicou que indivíduos do grupo sanguíneo A apresentam mais risco do que aqueles com o tipo B.
Estudos históricos, como os realizados pelo National Cancer Institute em 2009, corroboram estas observações.
Por fim, a relação entre o tipo sanguíneo e o acidente vascular cerebral (AVC) foi analisada em um estudo publicado na Neurology, que concluiu que pessoas do grupo A correm um risco elevado de sofrer um AVC antes dos 60 anos, associando a condição a um gene específico do subgrupo sanguíneo A1.