Reformas no SEF reforçam segurança nas fronteiras portuguesas
O PS afirmou que a segurança nas fronteiras de Portugal melhorou significativamente devido à reformulação do SEF, destacando a vigilância marítima reforçada e a redução de entradas irregulares.

O secretário-geral do Partido Socialista, José Luís Carneiro, destacou, durante uma visita ao Algarve, que as fronteiras de Portugal estão "mais seguras" graças à reforma do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Esta mudança, implementada em 2023, propiciou um aumento na vigilância marítima.
Carneiro, que se expressou à margem de uma visita ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Lagos, referiu que antes da reforma, "35% da fronteira marítima [portuguesa] não tinha vigilância" devido à falta de recursos humanos no SEF. "Atualmente, toda a fiscalização da fronteira marítima está a cargo da Unidade de Controlo Costeiro da Guarda Nacional Republicana", detalhou.
O líder do PS criticou declarações consideradas infundadas de alguns indivíduos que tentam desestabilizar as instituições democráticas. “Quando digo que o país está mais seguro, baseio-me em dados concretos que posso apresentar”, afirmou.
Ao mencionar estatísticas da agência europeia de controlo de fronteiras Frontex, Carneiro destacou uma redução superior a 30% nas entradas irregulares na União Europeia, sublinhando que as principais rotas de imigração ilegal permanecem no Mediterrâneo Central e Oriental.
Em relação aos migrantes que desembarcaram recentemente no Algarve, o Tribunal de Silves decretou que seriam realojados num centro de instalação temporária até se concluir o processo de retorno, seja este voluntário ou coercivo. "É fundamental assegurar que estas pessoas recebem o devido apoio para facilitar o seu retorno", reforçou Carneiro.
O secretário-geral discorreu ainda sobre uma conversa com a presidente da Câmara Municipal de Vila do Bispo, Rute Silva, que expressou preocupações acerca da instalação de migrantes num pavilhão na sua localidade. José Luís Carneiro comprometeu-se a assegurar que o Governo e outras autoridades competentes acompanhem melhor a situação.