Reações Internacionais aos Ataques de Israel na Síria
EUA e outros membros da ONU manifestaram a sua oposição aos recentes ataques israelitas na Síria, apelando ao respeito pela soberania do país.

Hoje, durante uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU, vários Estados-membros, incluindo os Estados Unidos, expressaram a sua desaprovação face aos recentes ataques de Israel na Síria, reiterando a importância de respeitar a soberania e a integridade territorial síria.
A embaixadora dos EUA, Dorothy Shea, esclareceu que, embora os Estados Unidos não apoiem os ataques efetuados por Israel, continuam diplomáticamente envolvidos tanto com Israel quanto com a Síria para lidar com a situação atual e buscar uma solução duradoura entre ambos os Estados soberanos.
A chamada à ação surgiu após a Síria ter solicitado a reunião em resposta a uma série de bombardeamentos aéreos realizados pelas Forças de Defesa de Israel nas regiões de Daraa e Suweida, que resultaram em elevados danos e vítimas. Entre os alvos dos ataques, destaca-se a sede do Ministério da Defesa sírio.
Shea enfatizou que a paz na região, incluindo a relação entre Israel e Síria, é um objetivo central na visão do Presidente dos EUA, Donald Trump. A diplomata britânica, Barbara Woodward, também expressou preocupação perante os crescentes ataques em Damasco, reiterando que a soberania síria deve ser respeitada.
Por outro lado, o representante permanente adjunto de Israel na ONU, Brett Jonathan Miller, defendeu as ações do seu país, considerando-as como uma "obrigação religiosa e moral", afirmando que Israel realiza ataques contra "militantes jihadistas" no sul da Síria para assegurar a estabilidade na sua fronteira.
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou as alegações israelitas, sugerindo que Israel utiliza a proteção da minoria drusa como um pretexto para realizar ações ilegais na Síria.
Os recentes confrontos resultaram em um saldo trágico de 594 mortos em apenas quatro dias, segundo a contagem mais recente do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.