Queda nas Exportações de Gás Liquefeito Russas de 22% Atinge Mercados Globais
As exportações russas de gás natural liquefeito diminuíram 22% no primeiro semestre de 2024 devido a sanções da Europa, com a China a emergir como principal mercado.

As exportações de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia registaram uma diminuição significativa de 21,8% no primeiro semestre de 2024, totalizando 1,3 milhões de toneladas, segundo estimativas solicitadas pelo jornal russo RBC à consultora OMT Consult.
A principal causa desta descida deve-se às sanções da União Europeia, que começaram em dezembro de 2024, em resposta à invasão da Ucrânia.
Depois da drástica redução das exportações para a Europa, a China tornou-se no maior mercado, contribuindo com 17,7% das vendas (234.100 toneladas), seguida de perto pela Tunísia (17,4%, com 230.300 toneladas) e pelo Afeganistão (17,3%, com 229.200 toneladas).
A Turquia ocupa o quarto lugar com 10,9% (229,2 mil toneladas), enquanto a Bielorrússia é o quinto destino, um total de 7% com 93,3 mil toneladas. É importante mencionar que parte do gás enviado para a Bielorrússia é posteriormente revendido à Polónia e aos países bálticos.
As principais centrais exportadoras incluem a ZapSibNeftekhim, pertencente à Sibur, que responde por 28,7% das exportações, seguida pela central de processamento de gás de Orenburg, da Gazprom, com 18,3%, e pela Irkutsk, da INK, com 14,4% do total.
Especialistas afirmam que é previsível que as exportações continuem a descer até que os fornecimentos sejam readaptados a outros mercados. No entanto, a queda de 20% é considerada menos severa, visto que a Europa era tradicionalmente o maior mercado para os hidrocarbonetos russos.
A procura interna de GNL também deverá aumentar, impulsionada pelo crescimento do consumo na indústria petroquímica.
Desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, a economia russa tem enfrentado severos desafios devido às restrições impostas pelo Ocidente. Recentemente, o Presidente dos EUA, Donald Trump, criticou o líder russo, Vladimir Putin, sobre o conflito e mencionou que está a considerar novas sanções contra Moscovo, que podem focar-se nas exportações de hidrocarbonetos.