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Quatro indivíduos sentenciados por tráfico de drogas em Coimbra

O Tribunal de Coimbra impôs penas de prisão efetiva a quatro dos nove arguidos por tráfico de drogas entre 2021 e 2023, variando entre cinco e sete anos.

11/07/2025 14:55
Quatro indivíduos sentenciados por tráfico de drogas em Coimbra

O Tribunal de Coimbra anunciou hoje a condenação de quatro dos nove acusados de envolvimento em tráfico de drogas, ocorrendo entre 2021 e 2023. As penas de prisão efetiva atribuídas oscilaram entre cinco e sete anos, sendo que a mais severa, de sete anos e dois meses, foi imposta a um arguido por crimes de coação, tráfico de maior gravidade e ofensa à integridade física qualificada.

Outros dois indivíduos foram igualmente responsabilizados por ofensas à integridade física, com um deles a ser sentenciado a seis anos de prisão e o outro a cinco anos e seis meses. Um quarto arguido foi condenado a cinco anos e seis meses no contexto de tráfico de drogas grave.

O tribunal também decidiu aplicar penas suspensas com regime de prova a três arguidos, incluindo um que recebeu uma condenação de dois anos e nove meses por condução sem habilitação legal. Um dos acusados foi absolvido, enquanto o presidente do coletivo de juízes relembrou que um dos arguidos se encontra sob julgamento em separado.

Os nove indivíduos eram suspeitos de fazer parte de uma rede responsável pelo tráfico de drogas dentro do distrito de Coimbra, cuja atividade teria gerado receitas superiores a 250 mil euros. Todos estavam acusados de tráfico de droga agravado, e seis deles também de associação criminosa.

A acusação ainda contemplava crimes como coação agravada, ofensa à integridade física, posse de arma proibida, simulação de crime e condução sem habilitação legal. Durante o julgamento, o juiz enfatizou que as condenações se basearam predominantemente em provas testemunhais, tendo o tribunal não reconhecido a configuração de uma associação criminosa.

O juiz comentou que, apesar da organização exibida ser relevante, não se enquadrava formalmente numa associação criminosa, pois alguns arguidos frequentemente atuavam de forma independente. Salientou ainda que, face à comprovação do tráfico, era difícil justificar penas suspensas ou condenações mais leves, que são limitadas a delitos menos graves.

De acordo com as informações fornecidas à agência Lusa, entre 2021 e 2023, o grupo estava ativo em locais como Lousã, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, com cada arguido a desempenhar funções específicas dentro de uma estrutura que acabou por passar por diversas mudanças de liderança e disputas territoriais.

A organização foi inicialmente comandada por um jovem de 25 anos, que, ao lado de dois associados, configurou uma hierarquia clara, cercando-se de indivíduos que já se dedicavam ao tráfico. Esta rede tomou precauções para evitar a detecção das autoridades, alterando frequentemente residências e esconderijos, assim como mudando telemóveis e utilizando veículos de terceiros para suas operações no Porto.

Após a detenção do líder em 2022, ocorreu uma luta pelo poder na organização, levando a várias reeestruturações até que fosse desmantelada em julho de 2023, após uma série de operações que culminaram em detenções e apreensões substanciais.

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