No debate televisivo para as eleições de 18 de maio, líderes do PSD/CDS e do Chega reafirmaram posturas inflexíveis, negando qualquer possibilidade de aliança para governar.
Num encontro acirrado na SIC, enquadrado na pré-campanha para as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, os líderes do bloco PSD/CDS e do Chega manifestaram posições irredutíveis quanto à formação de governo. Durante o debate, foi reiterado que, independentemente dos resultados eleitorais, a cooperação entre as formações se encontra fora de questão.
Questionado sobre a manutenção do princípio do “não é não” em relação ao Chega, o primeiro-ministro confirmou que os sociais-democratas permanecem indispostos a colaborar com o partido liderado por André Ventura. Para justificar essa posição, Luís Montenegro referiu a ausência de consistência ideológica e de maturidade moral do Chega, qualificando o partido como um “cata-vento político” sem vocação para funções governamentais.
Em resposta, André Ventura atribuiu ao Chega um papel ativo na crítica às políticas governativas, especialmente destacando a luta contra a corrupção e a gestão na área da saúde. Rebatendo as críticas, Ventura acusou Montenegro de buscar apoio em outros partidos, afirmando que o Chega não contará com o PSD, encerrando com a declaração: “Não contaremos convosco”.